BorgWarner está presente no VE Latino-Americano com o sistema de baterias UHE, utilizado nos ônibus da Mercedes. Foto: Divulgação/BorgWarner
A BorgWarner, empresa americana fabricante de componentes para o setor automotivo, está presente no VE Latino-Americano e, um de seus produtos em exposição, é o sistema de baterias de ultra-alta energia (UHE), produzido em Piracicaba (SP) e utilizado no ônibus elétrico da Mercedes-Benz, o eO500U.
O componente pesa 500 kg e mede 1,80 m x 70 cm. “Esse modelo possui alta densidade energética, ou seja, tem uma grande capacidade de armazenamento de energia por quilograma. O componente será apresentado junto com os seus complementos: o BMS (Sistema de Gerenciamento da bateria), o Junction box (módulos de conexão entre as baterias), o DCCU (Unidade de recarga de corrente direta) e o EDCU (Unidade eletrônica de controle)”, conta Marcelo Rezende, diretor para sistemas de baterias da BorgWarner no Brasil.
Além do sistema de baterias dos ônibus elétricos da montadora alemã, a empresa também está expondo um motor gerador de energia. O motor HVH é voltado para veículos híbridos e elétricos. Com sua potência, o motor gera energia com uma eficiência energética de 95%.
Eletrificação de ônibus e caminhões
Em entrevista ao Canal VE, Marcelo Rezende comentou sobre o futuro da eletrificação dos automóveis no Brasil e como a BorgWarner deve agir diante desse mercado em amplo crescimento.
“Nós acreditamos que o mercado, principalmente olhando para esse setor, de veículos comerciais, falando de ônibus e caminhões focados na última milha, a gente entende que são setores e segmentos que vão se eletrificar mais rápido. Muito pela aplicação, você conhece o trajeto, conhece a rota, você consegue definir o seu planejamento de recarga muito melhor”, comenta.
Marcelo ainda complementa abordando a diferença no TCO (Total Cost of Ownership) nos veículos de “última milha”, entre um motor a combustão e um motor elétrico.
“Normalmente operações de alto uso, o que reduz o custo total de operação, porque você tem um custo de aquisição mais alto para o veículo elétrico, mas, em contrapartida, você vai ter um custo de operação muito menor. E quando você tem um uso intenso, isso se traduz em um TCO (Total Cost of Ownership) muito menor”, finaliza.
Focada nesses tipos de veículos e no mercado brasileiro, Rezende diz acreditar que a empresa possa ter um crescimento de até 200% nos próximos anos, quadruplicando o número de funcionários na fábrica de Piracicaba.
Graduando em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, possui experiência na criação de conteúdo para sites, blogs e redes sociais. Acompanha o mercado de veículos elétricos para o Canal VE.