O carro movido a hidrogênio foi apresentado na Europa. Foto: Divulgação/Toyota.
O hidrogênio é considerado um dos combustíveis do futuro, mas se depender da Toyota essa mudança energética pode acontecer já no presente.
Foi na Europa que a empresa anunciou o conceito do Toyota Corolla Cross Hydrogen, um carro movido a células de hidrogênio.
Para criar o conceito do novo SUV, ela utilizou o motor turbo de 3 cilindros de 1,6 litro por cilindrada do GR Corolla e adicionando as técnicas de embalagem no tanque do Mirai, ambos movidos a hidrogênio.
Para testar os modelos com esse tipo de combustível, a empresa vem utilizando as pistas de corrida. Um exemplo disso foi no Super Taikyu, o circuito de corridas no Japão, onde testou o GR H2.
Com essa estratégia, a Toyota aumentou a potência de combustão de hidrogênio em 24% e o torque em 33%, equiparando-se a um motor de gasolina no avanço do desempenho dinâmico.
Por se tratar de um carro-conceito, a empresa afirmou que a viabilidade do modelo ainda precisa ser estudada e vai iniciar testes no norte do Japão em breve.
Leia mais:
- Toyota anuncia sedã elétrico com autonomia de mais de 600 km
- Consórcio entre Toyota e Panasonic faz acordo por baterias nos EUA
- Marcas de carros elétricos no Brasil: entenda tudo sobre elas
Os planos para o futuro
Focar em diferentes matrizes energéticas é uma das estratégias que a Toyota adotou para atingir a neutralidade de carbono na Europa até 2040.
“De um modo geral, há duas áreas principais de foco: a primeira é como atingir nas áreas do nosso negócio a neutralidade de carbono, e a segunda é fazer a transformação de uma empresa de fabricação e vendas para um provedor de serviços de mobilidade”, declarou Matt Harrison, presidente e CEO da Toyota na Europa.
De acordo com a empresa, o caminho para a sustentabilidade não é focar somente em carros 100% elétricos.
Pela escassez e os altos custos da matéria prima utilizada na fabricação das baterias, a solução da Toyota é ter no catálogo outras opções além dos veículos exclusivamente movidos a bateria, como os híbridos e híbridos plug-in.
“Devemos fazer o que é melhor para o meio ambiente, que é reduzir ao máximo a emissão de carbono ao produzir uma célula de bateria e substituir o maior número possível de veículos não eletrificados pelos eletrificados, sendo guiados pelo princípio de que o carbono é o inimigo, não um trem de força específico”, argumentou Gill Pratt, cientista chefe da Toyota e CEO do Instituto de Pesquisa da Toyota.
Jornalista no Canal VE. Já trabalhou com comunicação em diversas áreas, como: Saúde integrativa, engenharia industrial, segurança do trabalho e varejo. Recém graduado em Ciências Sociais pela UNICAMP e estudante de Comunicação Social pela PUC-Campinas.