Carros da Fórmula E passaram por reformulação para a temporada 2023. Foto: Divulgação/Fórmula E.
A temporada 2023 da Fórmula E promete ser a mais empolgante de todos os tempos. Os carros elétricos da competição passaram por um grande salto tecnológico, tornando-se mais rápidos, mais leves, mais potentes e mais eficientes, além, é claro, de serem os mais sustentáveis da história do automobilismo.
Neste ano, a categoria chega à sua 9ª edição, com a terceira geração dos monopostos, chamada de Gen3. Nos testes realizados em Valência, na Espanha, em dezembro de 2022, os carros receberam elogios de pilotos e equipes pelo alto desempenho. Os carros foram desenhados para circuitos de rua, e o objetivo é mostrar que é possível ter uma máquina de alta performance e sustentável ao mesmo tempo.
Com um chassi menor e 60 kg mais leve, um trem de força dianteiro adicional e nenhum freio traseiro, os carros podem atingir mais de 300 km/h. Outra evolução é em relação à potência total de 600 kW, mais que o dobro da geração anterior. Já a energia recuperada nas frenagens representará 40% do total gasto pelos pilotos nas corridas.
De acordo com os pilotos, tudo isso resultará em mais ultrapassagens e, consequentemente, corridas ainda mais animadas.
“Foi um processo divertido conhecer o novo carro. É um grande avanço em termos de potência, é mais leve e essas duas coisas que você sempre espera como piloto: mais potência e menos peso”, disse Antonio Felix da Costa, piloto português da equipe TAG Heuer Porsche, após os testes em Valência.
Já o piloto alemão Maximilian Günther, da Maserati MSG Racing, diz que as possibilidades do novo carro são empolgantes. “O carro será rápido nas ruas porque você tem muito mais potência. É um grande desafio, e o carro parece muito agressivo. Estou gostando da minha experiência até agora”, afirmou.
O primeiro E-Prix da temporada será disputado na Cidade do México, em 14 de janeiro de 2023. Ao todo, serão 16 corridas, incluindo uma no Brasil, que receberá a categoria pela primeira vez em um circuito de rua montado no entorno do Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, em 25 de março de 2023.
História da competição
O campeonato, que teve sua primeira edição entre os anos de 2014 e 2015, nasceu com o propósito de alavancar a indústria dos veículos elétricos e a mobilidade sustentável nas principais cidades do mundo, por um futuro melhor e mais limpo. E isso tem sido demonstrado ao longo dos anos.
Dois pilotos brasileiros já foram campeões da Fórmula E: Nelson Piquet Jr. e Lucas Di Grassi. O último detém ainda o recorde de vitórias na categoria (13), ao lado do suíço Sébastian Buemi, e também o maior número de pódios (39) e de participações na competição (100 corridas).
Di Grassi está confirmado na nova temporada como piloto da equipe Mahindra Racing. Outro piloto brasileiro que vai disputar a Fórmula E em 2023 é Sergio Sette Câmara, pela equipe Nio 333 Racing.
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.