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13 de março de 2025

Brasil avança no mercado global de lítio e atrai investimentos

Mão de um trabalhador segurando uma pedra de cor marrom

Minas Gerais abriga a maior reserva nacional de lítio. Foto: Divulgação/Sigma

O Brasil está consolidando sua posição como um dos principais players no mercado global de lítio. Com a quinta maior reserva mundial do mineral e uma crescente demanda impulsionada pelo avanço da eletromobilidade e das energias renováveis, o país se tornou um polo estratégico para a indústria global de baterias. Segundo o Ministério de Minas e Energia, os investimentos no setor podem chegar a R$ 15 bilhões até 2030.

O país avança em um cenário competitivo dominado pelo chamado Triângulo do Lítio, formado por Argentina, Bolívia e Chile. De acordo com o “Guia Latam de Lítio”, produzido pela Agência EY, esses países detêm, juntos, metade das reservas globais conhecidas do mineral.

O lítio brasileiro está concentrado no Vale do Jequitinhonha (MG), que responde por 85% das reservas conhecidas. Em 2022, a produção nacional do mineral cresceu 436% em relação a 2021, e, em 2023, o lítio saltou da 11ª para a terceira posição entre os produtos de maior receita mineral de Minas Gerais.

Máquinas de mineração da Sigma Lithium no entardecer
Sigma Lithium lidera projeto de mineração de lítio no Vale do Jequitinhonha (MG). Foto: Divulgação/Sigma Lithium.

A corrida pelo “ouro branco” na América Latina

O lítio é o mais leve dos metais. É usado em baterias recarregáveis para eletrônicos e carros elétricos e na produção de vidro, além de ser transformado em ligas com alumínio e magnésio para fazer parte da produção de aeronaves e bicicletas.

O Chile lidera a produção mundial, com o Salar do Atacama atraindo investimentos bilionários. A Argentina segue o mesmo caminho, com a exploração em alta nas províncias de Salta, Jujuy e Catamarca. Já a Bolívia, apesar de ter a maior reserva mundial no Salar de Uyuni, enfrenta desafios de infraestrutura e expertise técnica para ampliar a produção.

Produção da bateria Blade, da BYD
Preço das baterias para veículos elétricos tiveram redução de custos. Foto: Divulgação/BYD.

O desafio das baterias para veículos elétricos

Apesar do crescimento da produção de lítio, desafios persistem na indústria de baterias. Segundo o estudo Mobility Consumer Index, também da Agência EY, 27% dos consumidores apontam a falta de infraestrutura de recarga como a principal barreira para a adoção de veículos elétricos. Já 26% mencionam o alto custo da substituição das baterias como fator de preocupação. Mais de 19 mil pessoas de 28 países responderam à pesquisa.

Enquanto as montadoras buscam otimizar a autonomia e os custos das baterias, a demanda por lítio segue em alta. E o Brasil, com seu potencial mineral e investimentos crescentes, tem a oportunidade de se tornar um dos principais fornecedores globais desse recurso estratégico.

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