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26 de novembro de 2024

Microsoft usa IA para reduzir em até 70% o uso de lítio em baterias

Placas de Petri com elementos químicos

O uso da IA e supercomputadores trabalham para reduzir em até 70% o uso do Lítio em baterias. Foto: Envato/Elements

A Microsoft usou inteligência artificial e supercomputadores para encontrar novos materiais que podem reduzir potencialmente o uso do lítio nas baterias atuais em até 70%

A descoberta, em parceria com o Pacific Northwest National Laboratory (PNNL), que faz parte do Departamento de Energia dos EUA, promete revolucionar a forma como os pesquisadores trabalham por novas soluções de energia e armazenamento com redução de tempo e custos.

Desde a descoberta, o novo material tem sido utilizado para alimentar uma lâmpada. A substância, no entanto, ainda não foi revelada, uma vez que passa por uma série de testes para a comprovação da teoria.

Para encontrar os novos materiais, os cientistas usaram IA e supercomputadores para reduzir 32 milhões de combinações de materiais inorgânicos para apenas 18 candidatos promissores em menos de uma semana, um processo de triagem que, se fosse realizado por métodos tradicionais, poderia levar décadas — e milhões de dólares — para ser concluído.

Segundo a Microsoft, o período entre o início do projeto, incluindo a homologação do consórcio entre as partes envolvidas, e o desenvolvimento de um protótipo funcional de bateria levou menos de nove meses.

Lítio nas baterias

O lítio é um dos principais componentes das baterias recarregáveis ​​(baterias de íons de lítio) que alimentam os principais sistemas eletrônicos disponíveis no mercado, desde veículos elétricos até smartphones. 

À medida em que a necessidade do lítio aumenta, com a tendência mundial de eletrificação da frota de veículos, o metal pode enfrentar uma escassez já em 2025, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA). Por isso, há a necessidade de encontrar novas soluções para o armazenamento de energia, como as baterias de estado sólido.

Lítio extraído em Minas Gerais, pela Sigma Lithium
Com risco de escassez já em 2025, a indústria trabalha para encontrar um substituto para o Lítio em baterias. Foto: Divulgação/Sigma Lithium

Inteligência artificial na pesquisa

O material derivado de IA, que no momento é chamado simplesmente de N2116, é um eletrólito de estado sólido que está sendo testado pelos pesquisadores da Microsoft e da PNNL.

A solução pela inteligência artificial ainda divide opiniões de especialistas. Enquanto uns acreditam que o uso de IA combinada com supercomputadores pode reduzir drasticamente o tempo de pesquisa, outros consideram que o processo pode ter falhas e resultados não satisfatórios, por uma possível falta de escalabilidade para a produção. 

No entanto, a descoberta do novo material, e a possível comprovação no futuro, pode mudar a forma como os pesquisadores trabalham atualmente, acelerando o desenvolvimento da tecnologia no futuro.

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