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21 de novembro de 2024

Redução de impacto do carbono deixa Fórmula E mais sustentável

Carros da Fórmula E disputam corrida em circuito de rua na Cidade do Cabo, África do Sul

Fórmula E preza por ações de sustentabilidade por onde passa. Foto: Divulgação/Fórmula E.

A Fórmula E conseguiu melhorar o seu status de carbono zero em 2022. É o que aponta o Relatório de Sustentabilidade da Temporada 8 da categoria, divulgado em Londres, na Inglaterra, em 2 de março de 2023. 

O documento, chamado de “Correndo por Futuros Melhores”, detalha o ano mais impactante até o momento da categoria que foi fundada com sustentabilidade como principal objetivo

O relatório destaca iniciativas e compromissos-chave que beneficiam o planeta, com um compromisso contínuo de manter o status de carbono zero. Na 8ª temporada, disputada em 2022, a Fórmula E anunciou uma redução de 24% nas emissões em relação à temporada 5, quando havia se tornado o primeiro esporte do mundo a alcançar esse status.

Isso significa que as ações sustentáveis promovidas pela categoria compensam o uso do carbono, de forma a neutralizar e até superar esse impactos por onde a categoria passa. E segundo a Fórmula E, os números estão muito à frente da meta baseada na ciência de uma redução de 45% de emissão até 2030. De fato, com a promoção da terceira geração de carros da categoria, o GEN3, que utiliza ainda menos carbono que o carro anterior, a tendência é que o impacto seja ainda menor no futuro.

Crianças são vistas na área dos boxes das equipes da Fórmula E
Fórmula E promove diversas ações com as comunidades locais ao redor do mundo. Foto: Divulgação/Fórmula E

 

Carro mais eficiente

Segundo o relatório, um dos destaques da temporada 8 foi o lançamento do GEN3, em Mônaco. É o carro de corrida elétrico mais rápido, leve, potente e eficiente já construído, e que passou a ser utilizado na temporada 9, em 2023.

O GEN3 é alimentado por motores elétricos substancialmente mais eficientes do que os motores de combustão interna (ICEs), convertendo mais de 95% da energia elétrica em comparação com cerca de 40% nos ICEs de alta eficiência de outros esportes automotivos. Além disso, o GEN3 foi comparado a uma “usina móvel”, já que produz mais de 40% da energia que consome em uma corrida por meio de frenagem regenerativa.

“Somos defensores de um futuro elétrico e estamos firmes em nossa crença de que esporte de elite, alto desempenho e sustentabilidade podem coexistir sem compromisso. A Fórmula E está comprometida em empurrar limites na vanguarda da tecnologia, desempenho e sustentabilidade. O lançamento do carro de corrida GEN3 durante a temporada 8 é uma evidência de nosso compromisso. O GEN3 é o carro de corrida mais eficiente do mundo e é descrito como uma máquina criada na interseção de alto desempenho, eficiência e sustentabilidade”, falou Jamie Reigle, CEO da Fórmula E. 

Carro da fórmula E acelera em circuito rodeado de árvores
Competição utiliza circuitos de rua para fortalecer a imagem da sustentabilidade. Foto: Divulgação/Fórmula E.

 

Aproveitamento do início ao fim

De acordo com a categoria, o GEN3 é o primeiro carro de fórmula alinhado ao pensamento do ciclo de vida, com um caminho claro para segunda vida e fim de vida para todos os pneus, peças quebradas e células de bateria. 

É o primeiro carro de fórmula a usar linho e fibra de carbono reciclada na construção do corpo, com todas as fibras de carbono residual sendo reutilizadas para novas aplicações. Borracha natural e fibras recicladas compõem 26% dos novos pneus GEN3, que são totalmente reciclados após a corrida.

“À medida que publicamos nosso Relatório de Sustentabilidade da Temporada 8, o interesse pelo automobilismo nunca foi tão grande. O alcance global do esporte oferece uma plataforma poderosa para envolver centenas de milhões de fãs em todo o mundo a tomar medidas positivas para combater as mudanças climáticas. Na Fórmula E, levamos nosso papel de liderança a sério, dirigindo a agenda e estabelecendo o padrão para o esporte sustentável. Estamos felizes em ver que outros no espectro esportivo estão seguindo nosso exemplo”, disse Reigle. 

Três carros da Fórmula E em sequência contornam curva para a direita
Carros da Fórmula E são movidos exclusivamente por energia elétrica. Foto: Divulgação/Fórmula E.

 

Positividade por onde passa

A Fórmula E também foi classificada e reconhecida como o esporte mais sustentável do mundo pelo Global Sustainability Benchmark in Sports (GSBS), e ainda manter o Padrão Internacional para Eventos Sustentáveis (ISO 20121) e o nível Três Estrelas da FIA para Acreditação Ambiental.

“A temporada 8 foi um ano significativo para a Formula E na manutenção e progressão de nossa ambiciosa estratégia de sustentabilidade. Com um duplo foco em usar o Campeonato Mundial ABB FIA de Fórmula E para beneficiar tanto as pessoas quanto o planeta, desenvolvemos iniciativas adicionais que vão além de alguns dos trabalhos líderes mundiais que já concluímos até o momento”, disse Julia Palle, diretora de Sustentabilidade da Fórmula E.

“Seja focando em crianças, comunidades locais, diversidade de gênero, excelência ambiental ou desenvolvendo tecnologia de ponta que transformará o futuro do mercado de veículos elétricos, estamos comprometidos em usar nosso propósito central de sustentabilidade para mitigar os impactos das mudanças climáticas e acelerar o progresso humano sustentável para todos”, completou.

As métricas do impacto positivo que suas iniciativas de sustentabilidade tiveram incluem a parceria com a Unicef, que beneficia quase 700 mil crianças em todo o mundo afetadas pelas mudanças climáticas. Além disso, a categoria investiu mais de 500 mil euros (cerca de R$ 2,7 milhões) em causas filantrópicas em todo o mundo, e mais de 110 mil euros (R$ 551 mil) em iniciativas de envolvimento comunitário em todas as cidades anfitriãs, entre outros projetos.

Pessoas participam de ação com cartaz da Unicef em circuito da Fórmula E
Parceria com a Unicef está entre as ações de sustentabilidade da categoria. Foto: Divulgação/Fórmula E.

 

E-Prix de São Paulo

A próxima etapa da Fórmula E acontecerá no Brasil. Será a primeira vez que a competição desembarcará no país. O E-Prix de São Paulo está programado para o dia 25 de março, em circuito de rua a ser montado utilizando a estrutura do Sambódromo do Anhembi. 

Após cinco corridas disputadas, o piloto alemão Pascal Wehrlein, da Porsche, lidera o campeonato com 80 pontos, seguido pelo britânico Jake Dennis, da equipe Avalanche/Andretti, com 62 pontos, e pelo francês Jean-Éric Vergne, da Penske, com 50 pontos. A categoria conta com os brasileiros Lucas Di Grassi, da equipe Mahindra Racing, e Sérgio Sette Câmara, da Nio 333 Racing.

Os ingressos para o E-Prix de São Paulo estão à venda e podem ser adquiridos no site da bilheteria oficial do evento.

Desenho gráfico mostra circuito da corrida sobre o mapa da região do Anhembi, em São Paulo
Mapa do circuito de rua que será montado no entorno do Sambódromo do Anhembi. Foto: Divulgação/Fórmula E.

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