Com novo aporte, Prefeitura de São Paulo espera chegar perto de sua meta de 2,6 mil ônibus elétricos até 2024. Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de São Paulo
A Prefeitura de São Paulo liberou mais R$ 345 milhões para que as concessionárias possam acelerar o processo de eletrificação de suas frotas. A medida foi publicada no Diário Oficial de 25 de março de 2024.
O aporte vai de encontro ao plano de ação previsto pelo prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), que é de até o fim de 2024 a cidade ter algo em torno de 2,6 mil ônibus elétricos disponíveis para a população de São Paulo.
Somente neste ano, a Prefeitura de São Paulo já repassou R$ 408 milhões para as empresas de ônibus da cidade. Entretanto, a compra de novos ônibus elétricos não avança como o esperado. Atualmente, a cidade conta com 117 veículos equipados com motor elétrico, representando apenas 4,5% da meta estipulada pelo governo da capital paulista até o fim de 2024.
Números para eletrificação dos ônibus em SP
Em 2022, a SPTrans, empresa responsável pelo transporte público da cidade, determinou a proibição para a compra de novos ônibus movidos a diesel, buscando acelerar a meta de eletrificação dos veículos públicos do município.
Para 2023, a meta da Prefeitura de São Paulo era atingir cerca de 600 ônibus elétricos circulando em toda a cidade, mas não foi cumprida pelo município. A meta de 2024 para eletrificar a frota de ônibus de São Paulo também parece distante de ser cumprida. Para atingir esse número de 2,6 mil unidades, Ricardo Nunes terá que entregar cerca de 275 ônibus elétricos por mês para os moradores da capital paulista.
A Prefeitura de São Paulo estimou que o investimento, apenas em 2024, para compra de ônibus elétricos, visando atingir a marca de 2,6 mil, será de R$ 7,9 bilhões, levando em conta também a infraestrutura de carregamento necessária para os veículos.
Até o momento, conforme divulgado, a cidade mais populosa do Brasil conseguiu cerca de R$ 5,75 bilhões, de diferentes formas, sendo:
- R$ 2,5 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social);
- R$ 2,5 bilhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do Banco Mundial;
- R$ 500 milhões da Caixa Econômica Federal;
- R$ 250 milhões do Banco do Brasil.
O restante do investimento será feito pelas concessionárias que administram o transporte público de São Paulo, com a promessa de obterem um subsídio maior para a compra de novos ônibus elétricos.
Graduando em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, possui experiência na criação de conteúdo para sites, blogs e redes sociais. Acompanha o mercado de veículos elétricos para o Canal VE.