Super Soco New TS faz parte do portfólio de motos elétricas da Vammo no Brasil. Foto: Divulgação.
Depois de receber US$ 8,5 milhões de um fundo de investimentos, a Vammo, startup que traz ao Brasil um modelo diferenciado de troca de baterias para motos elétricas, está expandindo seus negócios em São Paulo (SP).
A companhia fundada pelos executivos Jack Sarvary, ex-Rappi, e Billy Blaustei, ex-Tesla, acaba de passar por um rebranding, deixando o nome Leoparda Electric para trás. Além disso, importou 100 motocicletas elétricas para o início das operações B2B e B2C.
Agora, seis estações espalhadas pela capital paulista garantem o atendimento personalizado aos motociclistas que utilizam motos elétricas para seus afazeres diários, sem se preocupar com as baterias. As estações estão nos bairros de Santo Amaro, Vila Olímpia, Pinheiros, Jardins, Pacaembu e Tatuapé.
Com uma assinatura mensal, o motociclista tem a possibilidade de trocar a bateria descarregada da moto por uma pronta para o uso em uma das estações. A operação leva menos de 3 minutos, facilitando a vida do usuário. Além disso, as estações também oferecem água, café e acesso ao banheiro, ideal para quem trabalha nas ruas e não pode ficar muito tempo parado.
Neste início de operação, a empresa importou motocicletas elétricas que podem ser alugadas e que já têm o tipo de bateria compatível com o serviço. Dos 100 veículos trazidos do exterior, 55 serão destinados para motoboys profissionais, 40 para empresas de grande porte e 5 para o uso geral por qualquer pessoa.
Planos de assinatura
A Vammo possui três planos de assinatura desenvolvidos para os motoboys. Todos eles oferecem trocas ilimitadas de bateria, manutenção inclusa com direito à moto reserva, além de seguro e IPVA inclusos. A diferença nos valores dos planos é o tipo da motocicleta utilizada e o preço.
No plano Economiza, o usuário tem acesso a um veículo mais econômico, com velocidade máxima de 60 km/h e 60 km de autonomia. Já no plano Desenrola, a moto utilizada tem mais potência e velocidade, chegando a 85 km/h e com autonomia de 80 km. Por último, há o plano Tira Onda, com uma motocicleta com design esportivo e maior autonomia. Essa assinatura dá direito a um veículo com velocidade máxima de 75 km e autonomia de 90 km. Todos os valores podem ser consultados no site
Para Jack Sarvary, cofundador e CEO da Vammo, o início da operação no país é animador. “Existem hoje cerca de 50 milhões de motos nas ruas da América Latina, sendo que o Brasil concentra boa parte desse montante”, afirma, ao destacar o aumento de 373% no emplacamento de motos elétricas no país no último ano, em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Fenabrave.
Já Billy Blaustein, cofundador e COO da Vammo, diz que a empresa chega para democratizar a mobilidade urbana brasileira, além de contribuir para a redução da emissão de carbono na atmosfera.
“Uma motocicleta elétrica gasta muito menos do que uma movida a combustão. O Brasil tem uma das redes elétricas mais limpas do mundo, já que a maior parte de sua energia vem de fontes sustentáveis como hidrelétrica, solar e eólica. Se quisermos descarbonizar o planeta, são especificamente as frotas de veículos de países como o Brasil que devem ser eletrificadas. Sem mencionar que as motocicletas poluem até 15 vezes mais gases contaminantes no ar do que os automóveis”, diz.
Mudança de nome
Com o rebranding, a empresa tenta se aproximar do público brasileiro, como explica Sarvary. “Como operamos no Brasil, não fazia sentido manter um nome estrangeiro e de difícil compreensão por parte do público. Além disso, um dos nossos principais valores é a união, em que juntos nos ajudamos e fazemos a diferença. Então, o nome Vammo vem dessa ideia de ‘vamos fazer a diferença juntos’ e ‘vamos em frente’”, afirma o executivo.
O recente aporte de US$ 8,5 milhões veio a partir da primeira rodada de investimentos de fundos como Monashees, Construct Capital e Claure Capital.
No fim do ano passado, outra parceria, com a Riba, referência no serviço de venda, compartilhamento e aluguel de motocicletas elétricas no país já havia sido firmada. Com isso, cerca de 100 motocicletas elétricas do parceiro já contam com a praticidade do modelo de troca de baterias ao redor da cidade.
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.