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10 de novembro de 2024

Mobilidade elétrica está na pauta de investimentos, mostra estudo

ônibus elétricos perfilados em cerimônia de entrega em São Paulo

Ônibus elétricos precisam de infraestrutura de recarga nas grandes cidades. Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo.

A necessidade de modernização do transporte público urbano, incluindo eletrificação da frota de ônibus, aparece como um dos setores com maior potencial de investimento em infraestrutura no Brasil

É o que mostra o novo Barômetro da Infraestrutura, estudo elaborado pela EY em parceria com a ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), que coloca o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, como um acelerador dos investimentos do tipo.

O Novo PAC prevê investimentos de R$ 1,7 trilhão até 2026 em diferentes áreas, com os recursos vindos do orçamento da União, de empresas estatais e de financiamentos, com participação significativa do setor privado. 

No levantamento anterior, a mobilidade urbana não aparecia entre os principais setores considerados pelos empresários e especialistas do setor de infraestrutura. Mas, de acordo com a última edição, referente ao segundo semestre do ano passado, o setor voltou a chamar a atenção do mercado em termos de intenção de investimentos para os próximos três anos. 

No levantamento desse período foi verificado um cenário favorável para a promoção de investimentos nos próximos seis meses, acima do verificado nos últimos dois anos da pesquisa. O percentual de entrevistados que considera o cenário para investimentos favorável aumentou (44,4% agora, ante 31,9% no levantamento passado), destacando-se significativa redução do percentual de entes com uma percepção desfavorável (24,2% agora e 37,8% antes).

Entrega de ônibus elétricos na cidade de São Paulo
São Paulo tem feito investimentos para aumentar a frota de ônibus elétricos. Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo.

Eixos de investimento

Os recursos previstos pelo Novo PAC deverão contemplar nove eixos de investimentos, distribuídos entre: cidades sustentáveis e resilientes; transição e segurança energética; transporte eficiente e sustentável; defesa; educação; saúde; água para todos; inclusão digital e conectividade; e infraestrutura social e inclusiva.

De acordo com o estudo, a maior parte do dinheiro, o equivalente a R$ 610 bilhões, será destinada às cidades sustentáveis e resilientes, englobando iniciativas como o programa “Minha Casa, Minha Vida”, mobilidade urbana e esgotamento sanitário.

O eixo de transição e segurança energética receberá R$ 540 bilhões, enquanto obras de infraestrutura de transporte, como rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias contarão com R$ 349 bilhões.

 

Pesquisa semestral

O Barômetro da Infraestrutura Brasileira é uma sondagem semestral realizada pela ABDIB e pela EY, de forma digital, com o objetivo de captar a opinião de gestores, de investidores e de especialistas que apoiam a estruturação de projetos de infraestrutura.

Para a elaboração da 10ª edição do documento, foram captadas 392 respostas no intervalo de 24/10/2023 a 06/11/2023. É possível ler o estudo completo aqui.

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