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22 de novembro de 2024

Europa proíbe novos carros a combustão a partir de 2035

Escapamento de carro a combustão solta bastante fumaça

Fumaça de escapamento é resultado dos motores a combustão. Foto: Envato/Elements.

A União Europeia fechou um acordo para proibir efetivamente a venda de carros novos movidos a gasolina ou diesel a partir de 2035. O objetivo é acelerar a mudança da mobilidade para veículos elétricos no combate às emissões de gases poluentes na atmosfera.

O acordo selado no dia 27 de outubro de 2022 envolveu negociadores dos países da União Europeia e do Parlamento Europeu, que concordaram que as montadoras devem atingir um corte de 100% nas emissões de CO2 até 2035. Assim, seria impossível vender novos veículos que utilizam combustíveis fósseis no bloco composto por 27 países.

A negociação também inclui um corte de 55% nas emissões de CO2 para novos carros vendidos até 2030, considerando os níveis verificados em 2021. A taxa é maior do que a prevista anteriormente, de 37,5% de redução nas projeções em vigor até então.

“Este acordo é uma boa notícia para os motoristas. Os carros de emissão zero se tornarão mais baratos e acessíveis a todos”, disse o principal negociador do Parlamento Europeu, Jan Huitema.

Já o chefe de política climática da União Europeia, Frans Timmermans, o acordo manda uma mensagem clara para a indústria automobilística e para os consumidores. “A Europa está adotando a mudança para a mobilidade de emissão zero”, afirmou.

Reações das fabricantes

Com os reguladores aumentando a pressão sobre as montadoras para reduzir a pegada de carbono, muitas companhias já anunciaram investimentos em eletrificação da frota. A Volkswagen, por exemplo, anunciou na última semana que, a partir de 2033, a marca só produzirá veículos elétricos na Europa.

Essa é uma sinalização da indústria diferente da verificada em julho de 2021, quando a lei da União Europeia sobre a proibição da venda de novos veículos a combustão a partir de 2035 foi proposta. Na época, a Associação Europeia da Indústria Automobilística tinha acenado de forma contrária à proibição de uma tecnologia específica. A associação defendia que motores de combustão interna e veículos movidos a hidrogênio desempenhassem um papel maior na transição de baixo carbono. 

Agora, os negociadores concordaram que a UE elaborará uma proposta sobre como os carros que funcionam com combustíveis neutros em CO2 poderão ser vendidos após 2035.

Pequenas montadoras que produzem menos de 10 mil veículos por ano podem negociar metas mais fracas até 2036, quando enfrentariam o requisito de emissão zero.

A lei é a primeira a ser finalizada a partir de um pacote mais amplo de novas políticas da UE, destinadas a cumprir as metas do bloco de redução das emissões de gases de efeito estufa.

Bruxelas está buscando acordos sobre mais duas leis do pacote a tempo das negociações climáticas das Nações Unidas em novembro, em uma tentativa de mostrar que, apesar da recessão iminente e da alta nos preços da energia, o bloco está avançando com suas metas climáticas.

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