O mercado de VEs (veículos elétricos) segue crescendo no Brasil. No primeiro quadrimestre de 2022, houve uma alta de 78% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico).
No entanto, segundo Adalberto Maluf, presidente da ABVE, o segmento no país cresce num ritmo abaixo quando comparado com os principais mercados internacionais. “Temos de acelerar as políticas públicas que alinhem a indústria brasileira à tendência mundial de eletrificação do transporte”, ressaltou.
Um dos problemas que fazem com que os eletrificados ainda não deslanchem é o preço – que varia de cerca de R$150 a R$ 300 mil. Diante deste cenário, para quem não tem condições de desembolsar essa quantia, existe outra alternativa para se adequar ao mundo sustentável da automobilidade: comprando um motor elétrico para carro.
Segundo a Canaltech, existem motores elétricos preparados para uma conversão simples de automóveis, além de outros que podem funcionar como alternadores e fazer uma função parecida à de um modelo híbrido-leve, como o Kia Stonic, por exemplo.
Para fazer essa conversão, é preciso mão-de-obra qualificada e homologada no Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Atualmente, a empresa mais conhecida no ramo é a Electro, de Minas Gerais.
A companhia apontou que um Ford Ka Sedan pode receber um motor de 10 kW (70 cv) pelo custo de R$ 82.500. Sua autonomia é de 120 km, a velocidade máxima é de 122 km/h e o carregamento de apenas 8 horas.
Segue, abaixo, um comparativo com custos aproximados entre um Ford Ka Sedan a combustão e um convertido em elétrico.
De acordo com os cálculos da Electo, se rodar 60.000 km por ano, a economia anual será de R$ 40.680 em comparação com o veículo a combustão.
Atuou como produtor, repórter e apresentador na Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro há mais de dois anos, atuando nas editorias de Mercado e Tendências, Mobilidade Urbana, P&D e Equipamentos. Jornalista graduado pela PUC-Campinas.