De acordo com dados da ABVE (Associação brasileira do Veículo Elétrico), em 2021 foram emplacados 34.990 automóveis e veículos comerciais leves elétricos no país. O número representa 77% a mais do que em 2020. A frota de veículos eletrificados no país já é de pouco mais de 77 mil veículos.
Apesar dos números positivos, as vendas de 2021 representam apenas 1,77% do total de emplacamentos do segmento no ano, que foi de 1.974.431 carros e comerciais leves, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
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Ainda de acordo com a Fenabrave, dos carros elétricos vendidos, a grande maioria ainda é de híbridos, com apenas 8% sendo os elétricos puros, chamados de BEVs (da sigla Battery Electric Vehicle).
Para se ter uma ideia, no ano passado, nos EUA, os veículos híbridos representaram 5% do total de vendas de carros leves e os BEVs, 3%, segundo dados da consultoria Ward Intelligence.
Incentivos pelo mundo
A falta de uma política nacional e incentivos contrasta com o que é visto em outros países. Na Alemanha, por exemplo, o governo dá um subsídio de até 6 mil euros a cada cidadão na compra de um veículo elétrico.
Na Austrália, o subsídio é de 3 mil dólares australianos e isenção de três anos no imposto que equivale ao IPVA no Brasil. Outro país que incentiva a aquisição de veículos elétricos é o Reino Unido. No país eram 2.500 libras, mas foram cortadas para 1.500 em dezembro.
Nos EUA, o subsídio já foi de US$ 13.500, mas atualmente são US$ 7.500. Na China, o subsídio já foi de US$ 13.500 e depois diminuiu. Na Noruega, onde 9 a cada 10 veículos vendidos são elétricos, os donos não pagam alguns impostos e têm desconto em estacionamentos.
COP26
Em novembro do ano passado, em um discurso na abertura da COP26, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite prometeu cortar as emissões de carbono do Brasil em 50% até 2030 e em 100% até 2050, porém, para atingir esses números, o ministro afirmou ainda que o governo irá entre outras medidas, aumentar a participação de energias renováveis na composição da matriz energética, mas não citou nada sobre investimentos em veículos elétricos.