Carros movidos a combustão estão com os dias contados na Europa. Foto: Envato/Elements.
Agora é oficial. O Conselho da União Europeia (UE) decidiu que não haverá mais vendas de carros movidos a combustão nos países do bloco europeu a partir de 2035. O regulamento será agora publicado no Jornal Oficial da UE.
As regras sobre a proibição de veículos de combustão interna (ICE) na UE entrarão em vigor no vigésimo dia após a publicação. A proibição de vendas é uma parte crucial do pacote climático Fit for 55 da Europa, e a maioria absoluta dos estados membros concordaram. As exceções foram Itália, Polônia, Romênia e Bulgária.
“Estou feliz em ver que a UE está cumprindo suas promessas com o pacote Fit for 55”, disse Romina Pourmokhtari, ministra sueca do Clima e Meio Ambiente. “As novas regras trarão oportunidades para tecnologias de ponta e criarão o impulso para a indústria investir em um futuro livre de fósseis.”
Resistência alemã
Apesar de o acordo estar costurado já há algum tempo, as últimas semanas antes da votação foram marcadas por uma resistência da Alemanha.
O ministro dos Transportes alemão, Volker Wissing, tentou pressionar os demais membros votantes a favor de e-combustíveis, mas cedeu a um compromisso proposto pela Comissão da UE, que apresentará uma proposta de registro de veículos movidos exclusivamente a combustíveis neutros em CO2, após 2035, em conformidade com a legislação da UE.
Isso significa que os padrões da frota permanecerão intocados, deixando os e-combustíveis como uma exceção que não se aplicará a carros novos de passageiros e veículos comerciais leves — porque eles estão dentro dos limites da frota. As exceções serão resolvidas até o outono de 2024.
Regras de emissões
A votação confirmou as metas da Comissão quanto às emissões da frota estabelecidas em outubro de 2022. Assim, haverá reduções de emissão de CO2 de 55% para carros novos e 50% para vans novas de 2030 a 2034 em comparação com os níveis de 2021 e 100 % de reduções de emissão de CO2 para carros novos e vans a partir de 2035.
Os fabricantes podem continuar a comercializar veículos com motores de combustão interna nesse período de transição, mas devem pagar um prêmio de 95 euros por grama de CO2/km acima da meta por veículo registrado se sua meta de emissões for excedida em um determinado ano.
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.
One Comment
A implantação e ainda antes a preparação para a data deve dar um impulso muito grande para o Veículo Elétrico, uma vez que o mundo todo exporta para a UE e todas as montadoras que quiserem continuar participando deste mercado, terão de fazer seus ajustes.
Espero que por aqui sejam editadas regras e mercado, para que nós também possamos nos beneficiar e que isto não se converta em uma regra para exportação. É uma grande chance de tomar o tema em reuniões com a ANFAVEA, com o assunto ainda quentemos com o cuidado de frear as idéias protecionistas da ANFAVEA, que tem se mostrado bastante retrógradas, quando fala em mercado V.E.