Canal VE

23 de julho de 2025

Manutenção em oficinas exige atenção com sensores do ADAS

Mecânico sentado no banco do motorista analisa dados em notebook

Mecânico analisa scanner em manutenção de carro. Foto: Divulgação/Freepik.

A manutenção de componentes mecânicos nos veículos, como direção, suspensão e freios, pode comprometer o funcionamento correto do sistema ADAS (Advanced Driver Assistance Systems) — conjunto de tecnologias que garante recursos como frenagem automática e assistente de permanência em faixa, entre outros itens. Para garantir a segurança, oficinas precisam recalibrar sensores e câmeras após cada reparo.

O sistema ADAS atua diretamente em funções de dirigibilidade e segurança, como controle de estabilidade, frenagem automática de emergência e assistência de faixas de rodagem. Esses recursos dependem da leitura precisa de sensores, câmeras e radares distribuídos em diferentes áreas do veículo — especialmente nas estruturas de suspensão, direção e freios.  Logo, qualquer alteração nesses conjuntos pode comprometer o funcionamento adequado do ADAS.

“Esses equipamentos dependem da configuração estrutural do conjunto rodas, freios, suspensão e direção para operar com precisão. Peças fora das especificações comprometem as leituras e, por consequência, o desempenho do sistema”, afirma Juliano Caretta, supervisor técnico da DRiV, empresa especializada em componentes automotivos.

Detalhe de scanner para manutenção de veículos
Oficinas precisam de ferramentas específicas para a calibração dos sensores. Foto: Divulgação/Freepik.

Desgaste natural ou provocado

Peças desgastadas ou desalinhadas, como amortecedores, pivôs ou bandejas, podem interferir na posição dos sensores do ADAS. Pequenas colisões também podem ocasionar desalinhamentos capazes de prejudicar o funcionamento adequado do sistema.

O resultado pode ser a ativação indevida de sistemas de frenagem, falhas na leitura de faixas de rodagem ou respostas imprecisas durante curvas e manobras de emergência.

Por isso, o reparo ou substituição de componentes mecânicos exige, em muitos casos, a recalibração dos sensores eletrônicos, para que o veículo continue operando dentro dos padrões de fábrica. 

Um exemplo é o sensor de ângulo de direção, essencial para que os módulos eletrônicos interpretem corretamente a posição do volante em linha reta. Ao fazer o alinhamento e balanceamento no carro, é preciso calibrar os sensores para manter a precisão.

 

Oficinas precisam estar preparadas

A recomendação é que as oficinas estejam equipadas com ferramentas específicas para essa calibração, como scanners automotivos e softwares homologados. Em alguns casos, o processo exige procedimentos dinâmicos (com o veículo em movimento) ou estáticos (com o carro parado diante de alvos calibradores).

Caso a oficina não tenha os equipamentos adequados, o reparador deve orientar o cliente sobre a importância do serviço e indicar locais especializados. “Apenas um grau fora da especificação de convergência já é suficiente para causar desgaste nos pneus e perda de precisão dos sensores”, afirma Caretta.

Sem o procedimento, o veículo não estará plenamente apto a rodar com segurança e desempenho conforme o esperado.

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