Canal VE

6 de setembro de 2025

Manutenção em oficinas exige atenção com sensores do ADAS

Mecânico sentado no banco do motorista analisa dados em notebook

Mecânico analisa scanner em manutenção de carro. Foto: Divulgação/Freepik.

A manutenção de componentes mecânicos nos veículos, como direção, suspensão e freios, pode comprometer o funcionamento correto do sistema ADAS (Advanced Driver Assistance Systems) — conjunto de tecnologias que garante recursos como frenagem automática e assistente de permanência em faixa, entre outros itens. Para garantir a segurança, oficinas precisam recalibrar sensores e câmeras após cada reparo.

O sistema ADAS atua diretamente em funções de dirigibilidade e segurança, como controle de estabilidade, frenagem automática de emergência e assistência de faixas de rodagem. Esses recursos dependem da leitura precisa de sensores, câmeras e radares distribuídos em diferentes áreas do veículo — especialmente nas estruturas de suspensão, direção e freios.  Logo, qualquer alteração nesses conjuntos pode comprometer o funcionamento adequado do ADAS.

“Esses equipamentos dependem da configuração estrutural do conjunto rodas, freios, suspensão e direção para operar com precisão. Peças fora das especificações comprometem as leituras e, por consequência, o desempenho do sistema”, afirma Juliano Caretta, supervisor técnico da DRiV, empresa especializada em componentes automotivos.

Detalhe de scanner para manutenção de veículos
Oficinas precisam de ferramentas específicas para a calibração dos sensores. Foto: Divulgação/Freepik.

Desgaste natural ou provocado

Peças desgastadas ou desalinhadas, como amortecedores, pivôs ou bandejas, podem interferir na posição dos sensores do ADAS. Pequenas colisões também podem ocasionar desalinhamentos capazes de prejudicar o funcionamento adequado do sistema.

O resultado pode ser a ativação indevida de sistemas de frenagem, falhas na leitura de faixas de rodagem ou respostas imprecisas durante curvas e manobras de emergência.

Por isso, o reparo ou substituição de componentes mecânicos exige, em muitos casos, a recalibração dos sensores eletrônicos, para que o veículo continue operando dentro dos padrões de fábrica. 

Um exemplo é o sensor de ângulo de direção, essencial para que os módulos eletrônicos interpretem corretamente a posição do volante em linha reta. Ao fazer o alinhamento e balanceamento no carro, é preciso calibrar os sensores para manter a precisão.

 

Oficinas precisam estar preparadas

A recomendação é que as oficinas estejam equipadas com ferramentas específicas para essa calibração, como scanners automotivos e softwares homologados. Em alguns casos, o processo exige procedimentos dinâmicos (com o veículo em movimento) ou estáticos (com o carro parado diante de alvos calibradores).

Caso a oficina não tenha os equipamentos adequados, o reparador deve orientar o cliente sobre a importância do serviço e indicar locais especializados. “Apenas um grau fora da especificação de convergência já é suficiente para causar desgaste nos pneus e perda de precisão dos sensores”, afirma Caretta.

Sem o procedimento, o veículo não estará plenamente apto a rodar com segurança e desempenho conforme o esperado.

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