Os sensores ADAS servem para garantir a segurança dos motoristas. Foto: Rubens Morelli/Canal VE.
Em uma sociedade que preza pela sua segurança, cada vez mais novas tecnologias surgem para garantir o bem-estar das pessoas. O universo automotivo, em especial o dos carros elétricos, não fica de fora quando se fala em garantir conforto e proteção aos motoristas, por meio do ADAS (Advanced Driver-Assistance System), que consiste em um conjunto de sistemas de assistência ao condutor.
Com diversas novas tecnologias no mercado, o Canal VE listou alguns sistemas presentes nos veículos, tanto modelos mais simples quanto os mais avançados, como eles funcionam e sua importância para garantir a proteção de seus condutores. Confira neste artigo os principais.
O que é o Sistema ADAS?
O Sistema ADAS é um conjunto de tecnologias disponíveis em veículos para tornar a condução mais inteligente e eficiente, garantindo maior segurança aos usuários. O pacote de recursos utiliza câmeras e sensores instalados ao redor do veículo para coletar dados, processar as informações e garantir respostas imediatas a situações de risco ou mesmo garantir a melhor condução do veículo inteligente.
De maneira simplificada, podemos dizer que o Sistema ADAS é responsável pelo monitoramento da maneira em que os motoristas conduzem o carro, e que por meio da tecnologia, pode amenizar ou impedir alguns acidentes.
Níveis de Automação
Com diversas tecnologias existentes para a automatização dos veículos, elas são divididas em níveis que foram elaboradas pela SAE (Sociedade de Engenharia Automotiva) com a norma J3016. Os diferentes tipos de automação ADAS são:
Nível 0: O motorista deve ter o controle de suas ações e decidir sozinho tudo o que está relacionado ao controle do carro.
Nível 1: Para esse nível, o condutor pode solicitar para o sistema o controle da velocidade.
Nível 2: Sendo um pouco mais complexo que o Nível 1, além do controle da velocidade, o sistema pode controlar a aceleração e a direção do veículo.
Nível 3: Ainda não existe, mas, em teoria, o veículo seria capaz de dirigir sozinho, apenas com o auxílio e monitoramento do motorista.
Nível 4: Ainda não existe, mas, em teoria, o veículo seria capaz de identificar diferentes situações em que o carro se encontraria, além de alertar para que haja uma intervenção do motorista.
Nível 5: Ainda não existe, mas, em tese, o automóvel seria totalmente autônomo, não necessitando mais de um condutor.
Tipos de ADAS existentes
Os conjuntos de assistência aos motoristas têm diversas finalidades. A seguir, listamos alguns dos principais sistemas que podem ser encontrados nos veículos inteligentes.
– BLIS (Blind Spot Monitoring System – Sistema de Alerta do Ponto Cego):
Funciona por meio de um sistema que emite pulsos ultrassônicos, localizados na lateral do automóvel. O BLIS é acionado quando essas ondas se chocam com objetos, retornam para o sensor, e passam informações para o sistema do automóvel.
Em alguns modelos, esses alertas podem ser emitidos por luzes que acendem nos retrovisores externos, ou também por informações exibidas nos painéis dos carros, podendo até mesmo emitir sons. Este sistema se encaixaria como Nível 0.
– Sensores de Estacionamento:
Um dos principais e mais vistos, principalmente nos carros mais novos. Com uma função básica de alertar o motorista sobre objetos próximos ao veículo na hora da baliza, podendo conter, ou não, câmeras. Este sistema se encaixaria como Nível 0.
– BAS (Brake Assist System – Sistema de Frenagem de Emergência):
Com uma tecnologia diretamente ligada a uma Inteligência Artificial, ou a um software, o BAS é responsável por evitar colisões em situações em que o motorista não perceba o perigo.
Esse sistema funciona por meio de um alerta para os freios do automóvel, diminuindo o tempo de reação do motorista, quando o mesmo não se atente na hora da frenagem, ou até mesmo acelere, ativando o mecanismo, que oferece até 1G de força de desaceleração para o sistema de freios. Este sistema se encaixaria como Nível 0 ou 1.
– Leitor de Placas de Trânsito:
Com sua função praticamente auto explicativa, este sensor detecta a velocidade máxima dos veículos permitida na via, e envia um alerta no painel do carro, alertando o condutor. Este sistema se encaixaria como Nível 0.
– LKS (Lane Keeping System – Sistema de Permanência em Faixa):
Também um dos mais comuns e vistos nos veículos brasileiros. O LKS é o responsável por corrigir o automóvel, caso o mesmo esteja saindo de sua faixa de forma não natural com seu condutor. Este sistema se encaixaria como Nível 1.
– ACC (Adaptative Cruise Control- Controle de Velocidade Adaptativo):
Mesmo sendo parecido com o BAS, o ACC possui um funcionamento completamente diferente em seu sistema de frenagem. Com um radar instalado na dianteira do carro, ele é responsável por monitorar tanto a velocidade e a movimentação de objetos à frente, quanto a distância em que eles estão.
O ACC é responsável pela frenagem e aceleração automática do veículo, de acordo com a velocidade e a distância em que ele está percorrendo. Sua funcionalidade é acionada para o motorista manter uma velocidade pré-definida, e para frear, se houver necessidade. Este sistema se encaixaria como Nível 2.
– PCW (Pedestrian Collision Warning – Sistema de Detecção de Pedestres):
Esse sistema foi criado para diminuir os riscos de acidentes com pedestres e ciclistas. Seu sistema foi criado para atuar com sensores localizados na dianteira do veículo, programados para detectar a aproximação de pessoas ou ciclistas com mudanças bruscas de direção, próximas ao carro. Caso sejam detectadas anormalidades, o sensor entende um sinal de perigo, e aciona os freios automaticamente.
Esse sistema atua diretamente relacionado com a direção do carro, já que “puxa” o volante para realocá-lo dentro da faixa da via. Este sistema se encaixaria como Nível 2.
– Park Assist (Estacionamento Autônomo):
Totalmente automatizado, esse sistema auxilia o motorista a encontrar uma vaga, e, sem o auxílio do condutor, estaciona por conta própria. Este sistema se encaixaria como Nível 2.
Mesmo com essas tecnologias, e uma maior segurança na hora da condução, ainda assim é necessário sempre estar atento e não cair na zona de conforto, para que acidentes sejam evitados.
Graduando em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Possui experiência em rádio, televisão, criação de conteúdos para site, e social media. Acompanha o mercado de veículos elétricos para o Canal VE.