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26 de julho de 2024

Carros elétricos são estratégicos para a descarbonização do Brasil

Trânsito em avenida durante o período da noite

O etanol representa a escolha de 30% dos proprietários de carros flex. Foto: Envato/Elements.

O Brasil já é referência mundial na baixa emissão de CO2 no setor automotivo, muito por conta do etanol. O biocombustível representa, aproximadamente, 30% da escolha dos proprietários de carros flex. Mas, devido ao aumento do aquecimento global, os países do globo estão empenhados em diminuir a emissão de poluentes. Na equação do poço à roda, o carro elétrico entra como solução, por ser 50% mais sustentável do que o a combustão.

“Apesar da notabilidade do papel do etanol, o Brasil não pode deixar de buscar alternativas mais eficientes, como o carro elétrico, o único que não emite gás carbônico ou poluentes por onde roda. Por isso, nem escapamento tem”, observa Elbi Kremer, diretor de engenharia e planejamento de produto da GM América do Sul.

Os mais recentes relatórios da ONU (Organização das Nações Unidas) declararam que a situação sobre o aquecimento global é mais alarmante do que se imaginava. Isso, de acordo com especialistas, fez com que se acelerasse o processo de transição energética no mercado de automóveis.

Cabe ressaltar que um veículo elétrico num país no qual a matriz energética está baseada na queima de carvão mineral ou de outros combustíveis fósseis vai ser bem diferente da emissão de um EV utilizado no Brasil, que tem hoje 86% de energia elétrica vinda de fontes renováveis, como hidrelétricas, usinas fotovoltaicas (energia solar) e parques eólicos.

Por conta dessa dificuldade, países estão estabelecendo ações de contenção, como uma data limite para o comércio de veículos à combustão já nas próximas décadas, esse assunto já é debatido por países da União Europeia.

Imagem aérea mostra centenas de carros em estacionamento, com pôr do sol ao fundo
Em países da União Europeia, há a discussão sobre data limite para a comercialização de veículos a combustão. Foto: Envato/Elements.

Oportunidade brasileira

A fórmula para cálculo da equação do poço à roda com dados da matriz energética brasileira está no site da AEA, enquanto informações de eficiência energética dos veículos disponíveis no país são publicados pelo Inmetro.

Mesmo com o avanço da eletromobilidade, o etanol ainda deve ser muito explorado, principalmente para a fabricação do Hidrogênio Verde.

É de consenso geral que existem algumas formas para acelerar o processo de descarbonização mundial, e o veículo elétrico é um ponto crucial nessa etapa.

“Pela perspectiva da convergência global e potencial futuro de exportação da indústria nacional é indiscutível que o EV é a melhor solução”, afirma Kremer.

Duas filas de carros mostram trânsito congestionado em pista durante o pôr do sol
Mesmo com o avanço da eletromobilidade, o etanol ainda será útil para a produção de Hidrogênio Verde. Foto: Envato/Elements

Crescimento da eletromobilidade no Brasil

O país segue em amplo crescimento com relação a veículos eletrificados. E estudos realizados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) apontam esse crescimento. No ano de 2022, com relação ao ano anterior, o crescimento foi de 41% no número de emplacamentos. 

E as previsões para 2023 são animadoras, com projeção de crescimento de 35% de veículos eletrificados em relação ao ano passado.

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  • Parabéns Guilherme e equipe VE; pelo conteúdo deste matéria com muito valor agregado.

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