
Volvo BRTZ, fabricado em Curitiba, pode ser exportado para outros países. Foto: Divulgação/Volvo.
A fábrica da Volvo em Curitiba (PR) iniciou a produção dos primeiros ônibus biarticulados elétricos da marca em todo o mundo. Com zero emissões de CO2 e baixíssimo nível de ruído, o modelo BZRT estará disponível nas versões articulada e biarticulada. A ideia da empresa é exportar o modelo para sistemas BRT (Bus Rapid Transit) de outros países.
Com 28 metros de comprimento e capacidade para até 250 passageiros, o Volvo BRTZ biarticulado é um veículo de alta eficiência, com benefícios semelhantes ao de uma linha de metrô, porém com custos de implantação e operação reduzidos.
“Temos a meta de zerar as emissões de CO2 de nossos veículos até 2040. A oferta de ônibus elétricos de alta capacidade é parte dessa iniciativa”, assegura André Marques, presidente da Volvo Buses na América Latina.
O veículo 100% elétrico é equipado com dois motores de 200 kW cada, o equivalente a 540 cv de potência total. Além disso, os modelos carregam um câmbio automatizado de duas marchas e chassi com capacidade de oito baterias (capacidade total de 720 kWh) com tempo de recarga variando entre duas e quatro horas.
O motor e as baterias ficam distribuídas na parte central do veículo, abaixo do piso, permitindo carrocerias com salão livre para maior número de passageiros. “Estamos utilizando o mesmo quadro de chassi, eixos, sistemas de direção e suspensão robustos e de alta capacidade que equipam nosso biarticulado tradicional”, afirma Alexandre Selski, diretor de eletromobilidade da Volvo Buses na América Latina.

Zero acidentes
Alinhado ao projeto da Volvo nomeado de Zero Acidentes, os modelos BZRT contam com dispositivos de segurança ativa, como câmeras com sensores frontais e laterais nos pontos cegos para proteção de pedestres, ciclistas e outros usuários das vias.
Contam também com sensores de placas de trânsito, Volvo Dynamic Steering, sistema que controla a direção com maior precisão, melhorando a precisão e a estabilidade dos ônibus, além de prover conforto ao motorista.
Além disso, é possível a ativação do sistema apelidado de “Zonas de Segurança”, capaz de reduzir a velocidade do ônibus automaticamente através do GPS. A tecnologia pode atuar em áreas mais propensas a acidentes com maior volume de pedestres, como regiões perto de terminais, escolas e hospitais. “Algumas cidades tiveram até 50% de redução de colisões com esse sistema”, explica Selski.

Graduando em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Possui experiência em escrita e criação de conteúdos para site. Acompanha o mercado de veículos elétricos para o Canal VE.