Oliver Rowland, piloto da Nissan, já foi matematicamente campeão. Foto: Divulgação/Fórmula E
O piloto britânico Oliver Rowland, da Nissan, tornou-se o mais novo campeão mundial da Fórmula E, ao completar o e-Prix de Berlim, 14ª etapa da temporada 2025/2026, na quarta colocação. O resultado foi suficiente para garantir o campeonato com duas provas de antecedência, já que seu principal adversário, Pascal Wehrlein, da Porsche, não pontuou no domingo.
Com isso, Rowland que chegou a 184 pontos na temporada, coroou uma campanha consistente com sete pódios e quatro vitórias ao longo do ano, e não pode mais ser alcançado por Wehrlein, que soma 125. No campeonato de equipes, a Nissan (205 pontos) encosta na Porsche (228) na briga pelo título, que será decidido nas próximas duas etapas, em Londres, em 26 e 27 de julho. No campeonato de fabricantes, a Nissan (335 pontos) também se aproxima da Porsche (342 pontos).
“Estou muito orgulhoso de vencer o Campeonato Mundial de Pilotos com a Nissan Formula E Team – vai demorar um pouco para a ficha cair! Abordei a corrida pensando em limitar os possíveis danos à minha liderança, mas essa estratégia quase nunca funciona na Fórmula E, especialmente neste tipo de corrida. Então, no final, confiei em mim mesmo e me concentrei em entregar o melhor desempenho possível, e valeu a pena”, falou o piloto da Nissan.
“Desde que voltei, a Nissan criou um ambiente no qual posso prosperar, e este é o conto de fadas perfeito. Toda a equipe trabalhou incansavelmente e entregou o mais alto padrão, e gostaria de agradecer a cada um deles pelo incrível esforço ao longo desta temporada. E também sou muito grato a Tommaso e Dorian, por sempre acreditarem em mim e me darem tudo o que eu precisava para ser campeão mundial hoje. A temporada ainda não acabou – ainda temos dois campeonatos para lutar (equipes e fabricantes) e nosso foco está totalmente neles agora para o final da temporada em Londres”, completou.
Corrida estratégica
A prova foi marcada por uma disputa intensa entre os carros com motor Porsche, que dominaram os primeiros momentos da corrida. Wehrlein liderou até a volta 29, com apoio do companheiro António Félix da Costa. Rowland, que havia largado em oitavo após punição no grid, foi ganhando posições estrategicamente no uso do “Modo de Ataque”, assumindo a liderança temporária antes de ser ultrapassado por Nick Cassidy (Jaguar), Jean-Éric Vergne (DS Penske) e Jake Dennis (Andretti).
Apesar da pressão, o quarto lugar foi suficiente para garantir matematicamente o título. Já Wehrlein, que havia ficado na vice-liderança no dia anterior, cruzou a linha apenas na 16ª posição, frustrando a tentativa de adiar a decisão para Londres. É a primeira vez desde 2020 que o título de pilotos é decidido em Berlim, de forma antecipada.
Brasileiros em destaque
Felipe Drugovich marcou seus primeiros pontos na categoria ao terminar em sétimo com a Mahindra, substituindo Nyck de Vries. Sérgio Sette Câmara também se destacou ao terminar em nono em sua segunda corrida com a Nissan, enquanto Lucas di Grassi, após acidente nos treinos, finalizou em 13º.
Próximas etapas
A Fórmula E encerra a temporada com rodada dupla em Londres, nos dias 26 e 27 de julho, quando serão definidos os campeonatos de Equipes e Fabricantes — este último soma pontos de equipes diferentes com o mesmo conjunto de powertrains. A Porsche lidera entre os fabricantes com 342 pontos, seguida de perto pela Nissan, com 335. A dinâmica também é parecida no campeonato de equipes, em que a Porsche (228 pontos) tem vantagem sobre a Nissan (205).
Graduando em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Possui experiência em rádio, televisão, criação de conteúdos para site, e social media. Acompanha o mercado de veículos elétricos para o Canal VE.
