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16 de julho de 2025

Eletrificação deixa transporte mais limpo e eficiente, diz estudo

Ônibus da Marcopolo, Attivi Integral, será utilizado no transporte público em São Paulo

Estudo analisou trens da CPTM, metrô, ônibus elétricos e a diesel. Foto: Divulgação/Marcopolo

Um estudo do Comitê Diretor de Transporte Integrado (CDTI) revelou que os modais elétricos usados no transporte de passageiros em São Paulo são significativamente mais eficientes do que os movidos a diesel. 

O levantamento, que tem como base dados de 2023, comparou dados de consumo energético e emissões de CO2 em diferentes tipos de veículos utilizados no transporte público paulista, analisando trens da CPTM, metrô, ônibus elétricos e a diesel. O estudo buscou quantificar a diferença de consumo e a busca por tecnologias com menor impacto ambiental.

De acordo com o relatório, que usou a unidade de medida energética Joule (J) para análise dos dados, os ônibus elétricos da SPTrans lideram em eficiência, com consumo médio de 3,82 megajoules por quilômetro (MJ/km) a 6,73 MJ/km, enquanto os ônibus a diesel podem chegar a até 32,4 MJ/km, no caso dos biarticulados, utilizando mais energia para percorrer uma mesma distância. Já os trens da CPTM e o metrô consomem, respectivamente, 7,57 MJ/km e 9,79 MJ/km.

No comparativo de emissões de carbono por passageiro transportado, os trens da CPTM apresentam emissão de apenas 0,024 kg de CO2e por passageiro/km, seguida pelo metrô, com 0,030 kg e pelos ônibus elétricos com média de 0,066 kg. Em contrapartida, ônibus movidos a diesel chegam a emitir até 0,371 kg de CO2e por passageiro/km, mais de 15 vezes acima dos trens.

Outro destaque é o impacto ambiental geral. Frotas elétricas como as da SPTrans e da EMTU geraram, em 2023, uma média anual de emissões de 725 toneladas a 840 toneladas de CO2e. Já os modais a diesel superaram as 950 mil toneladas, exemplificando como os modais que utilizam matriz energética elétrica emitem bem menos CO2e quando comparado aos modais a diesel.

 

Resultados 

A pesquisa relata que não teve o objetivo de indicar o melhor modal, mas fornecer subsídios técnicos para decisões futuras em políticas públicas, evidenciando o papel estratégico da eletromobilidade na redução de emissões e no avanço da mobilidade sustentável em grandes centros urbanos como São Paulo.

Em relação ao impacto ambiental, os pesquisadores concluem que tornar um transporte mais atrativo, diminuindo o transporte individual possibilitando novos caminhos para a transição energética é um dos meios de grande impacto para atingir as metas de redução de emissão de gases do efeito estufa assinadas pelo estado em 2021 na campanha ‘Race to Zero’ da COP até 2050.

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