Thiago Castilha, cofundador e diretor de marketing da E-Wolf. Foto: Divulgação/E-Wolf
Os recentes lançamentos de carros elétricos no Brasil e o sucesso das vendas desses modelos têm aumentado a demanda por carregamento. De olho nesse mercado em crescimento, a E-Wolf, empresa do Grupo WMP especializada em equipamentos de recarga para o setor de eletromobilidade, quer ampliar a rede de eletropostos no país.
Para isso, a empresa tem buscado parceiros estratégicos, em diversos ramos de atividade, como shopping centers, postos de combustíveis, condomínios residenciais e comerciais, entre outros, para levar os eletropostos onde os carros elétricos estão.
“Grande parte dos proprietários faz a recarga no próprio domicílio, no entanto, é fundamental ampliar a infraestrutura público-privada para a disponibilidade de recarga”, afirma Thiago Castilha, cofundador e diretor de marketing da E-Wolf.
O executivo avalia que, diferentemente dos postos de combustíveis tradicionais, os eletropostos têm mais possibilidades de implantação. Assim, empresas, comércios e condomínios residenciais podem investir em eletropostos e na infraestrutura necessária.
“O principal custo de um eletroposto é a implementação, mas o ROI não é tão rápido. Para ter viabilidade econômica, o eletroposto público tem que estar em uma rota estratégica e de fácil acesso, e ter uma taxa de uso alta. O valor competitivo dos carros elétricos das novas montadoras entrantes no mercado brasileiro, fez as vendas acelerarem, e, consequentemente, a demanda por eletropostos de rua e sua utilização também”, diz.
Viabilidade econômica
De acordo com a empresa, 80% dos proprietários de veículos elétricos no Brasil fazem a recarga em casa. Mas mesmo esses consumidores também querem aproveitar as facilidades das recargas em locais diferentes. Por isso, Castilha aponta que é preciso um olhar mais atento à infraestrutura de recarga no Brasil.
“O que falta no Brasil para que essa infraestrutura pública e semipública cresça de maneira consciente é viabilidade econômica para o setor. Um eletroposto residencial custa cerca de R$ 10 mil, e em pouco tempo ele se paga. Já o eletroposto rápido, aquele que é oferecido como um serviço por postos, empresas ou comércios, o investimento é bem mais alto, e o retorno varia conforme é a longo prazo”, diz.
“É um mercado em plena expansão que ainda carece de um olhar atento e políticas públicas que exerçam ações práticas para que o país todo ganhe com a mobilidade elétrica e funcione com profissionais capacitados para atender essa demanda e lidar com segurança e responsabilidade com o consumidor”, finaliza Castilha, lembrando que as instalações devem priorizar a segurança dos usuários e dos estabelecimentos.
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.