Fachada da CATL, na China. Foto: Divulgação
A fabricante chinesa CATL (Contemporary Amperex Technology Limited) anunciou, em junho de 2022, que já é possível produzir em massa da nova bateria para veículos elétricos denominada Qilin, que promete mais eficiência e menos tempo de recarga que as baterias atuais. O início da produção está previsto para 2023, e promete revolucionar — mais uma vez — o mercado automotivo elétrico.
Afinal, a companhia informa que a nova bateria terá autonomia de 1.000 quilômetros, e com um tempo de recarga de até 80% estimado em 10 minutos. Além disso, é mais segura e durável que as baterias existentes no mercado hoje, segundo anúncio da empresa.
A maior novidade é o aumento da densidade de energia das células de bateria Cell-to-Pack (CTP) 3.0 que produz atualmente. Por isso, rebatizou o componente, que agora tem o nome de Qilin, inspirado por uma criatura mitológica da China.
Maior densidade
Para conseguir a maior eficiência, a CATL, que tem sede em Ningde, Fujian, na China, informa que a nova bateria tem densidade de energia de 255 Wh/kg e é capaz de oferecer eficiência de utilização de volume de 72%.
Isso significa que a Qilin tem 72% de seu volume dedicado apenas ao conjunto de baterias, com o restante para a estrutura de proteção ou gerenciamento da temperatura. Esse é o maior percentual do mundo. A primeira geração desse tipo de bateria tinha 55% de eficiência de volume.
Esse alcance foi possível com um novo sistema de refrigeração celular, que ocupa menos espaço e tem potência de troca de calor 4 vezes maior que um sistema convencional. É isso que permite a diminuição no tempo de carregamento para 10 minutos.
Produção em 2023
A CATL informa que deve começar a produzir as novas baterias a partir de 2023, em sua fábrica, em Ningde. A companhia chinesa diz estar focada nas tecnologias de inovação para garantir a transição definitiva dos veículos movidos a combustíveis fósseis pelos elétricos.
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.