Caminhão elétrico amplia o portfólio de soluções de transporte da Scania. Foto: Rubens Morelli/Canal VE.
A Scania dá mais um passo em direção à descarbonização do transporte de cargas no Brasil com o lançamento do 30 G, caminhão 100% elétrico, que será apresentado ao mercado na Fenatran 2024, no início de novembro.
O modelo, que será importado da Suécia, tem cavalo mecânico 4×2, com 300 kW de potência (410 cv), torque de 1.150Nm e capacidade máxima de tração (CMT) de 66 toneladas. Equipado com dois pacotes de baterias NMC da Northvolt, parceira estratégica da Scania, com o total de 416 kWh de capacidade, o veículo tem autonomia estimada para o Brasil em 250 km, considerando as características das rodovias brasileiras.
O 30 G tem um plugue do tipo CCS2, que suporta recargas em até 375 kW e 500 A em corrente contínua (DC), e capacidade de estar com carga total em aproximadamente 50 minutos.
Com o novo caminhão elétrico, a Scania dá mais um passo em busca da descarbonização do transporte de cargas no país, reforçando o mix sustentável da empresa, que já contava com veículos movidos a gás comprimido (gnc), gás liquefeito (gnl), biometano e biodiesel B100. A empresa também fabricará ônibus elétricos no Brasil para o transporte de passageiros.
“Estamos seguindo mais um passo do nosso compromisso de liderar a transição para um sistema de transporte mais sustentável, firmado globalmente em 2016. O transportador brasileiro terá em suas mãos o mais amplo portfólio sustentável do mercado”, afirma Simone Montagna, presidente e CEO da Scania Operações Comerciais Brasil.
“Sabemos que a jornada da eletrificação tem pela frente etapas importantes de desenvolvimento em várias áreas, especialmente em infraestrutura, por isso, acreditamos na multimodalidade com diversas matrizes energéticas alternativas ao diesel. E essa multimodalidade passa pelo gás, biodiesel e elétrico”, completa.
Apresentação da linha na Fenatran 2024
A Scania convidou jornalistas para apresentar as soluções de transporte da empresa antes da Fenatran 2024, maior feira de transporte de carga e logística da América Latina, que ocorre entre os dias 4 e 8 de novembro de 2024.
De acordo com a empresa, o transportador de cargas está em busca de soluções que atendam às exigências dos embarcadores e suas metas de descarbonização no transporte. Assim, o caminhão 100% elétrico 30 G complementa o portfólio da Scania, oferecendo uma solução limpa, com vocação urbana e regional, especialmente na transferência de cargas entre as fábricas e os centros de distribuição, por exemplo, reduzindo as emissões de gases poluentes.
“Neste momento, a nossa visão é que o elétrico atenda as distâncias urbanas e regionais de até 250 km no hub a hub logístico (produtos mais perecíveis) e na última etapa da entrega da carga (last mile). Já o gás natural e o biometano sejam usados nas rotas de 200 a 600 km (médias distâncias), e o diesel, o gnl e o biodiesel – fomos os pioneiros a ter o caminhão com B100 – utilizados nos trajetos de longas distâncias acima de 600 km”, afirma Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania Operações Comerciais Brasil.
Construção das rotas eletrificadas
O caminhão elétrico 30 G será importado da Suécia, e as primeiras entregas no mercado brasileiro devem ocorrer no início de 2026. A expectativa da Scania é contribuir para o desenvolvimento das rotas eletrificadas do transporte de cargas no Brasil, em conjunto com os demais players do mercado.
“Pensamos em cada detalhe para as aplicações no perfil atual do transporte brasileiro elétrico. Vamos começar as importações e ir amadurecendo com o mercado, clientes, rede e embarcadores, juntando toda a cadeia do transporte e o poder público”, diz Rodrigo Arita, gerente de Portfólio de Produtos da Scania Operações Comerciais Brasil.
“Quando estivermos com os veículos elétricos rodando, vamos passar por um ciclo que é normal na indústria: de demonstrações, aprendizagem, avaliação das demandas dos clientes, análise do que mais poderemos complementar a linha dos produtos e a de acompanhar o desenvolvimento da infraestrutura no país. É uma jornada que não depende apenas da Scania”, completa.
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.