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Montadoras brasileiras priorizam híbridos flex, diz estudo do ICCT

Pesquisa comparou 17 montadoras no Brasil. Foto: Freepik

Um estudo do Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT) destacou que as montadoras líderes de mercado continuam priorizando híbridos flex do que modelos totalmente eletrificados.

Comparada às participações de mercado em 2023 de BEVs e PHEVs para as 17 montadoras no Brasil e suas médias nos outros seis principais mercados (China, Europa, Estados Unidos, Japão, Índia e Coreia do Sul), a principal causa dessa preferência se dá devido a ausência de políticas públicas específicas para veículos elétricos.

 

Vendas de elétricos no Brasil

As vendas de veículos elétricos no Brasil em 2023 foram altamente concentradas entre três montadoras sediadas na China: BYD, Geely e GWM. As três ofereciam exclusivamente veículos elétricos no Brasil, embora com diferentes proporções de BEVs e PHEVs. 

Na participação de vendas de BEVs, a BYD liderou com uma participação de 57% de BEVs e 43% de PHEVs, seguida pela Geely (32% de BEVs; 68% de PHEVs) e a GWMl (17% de BEVs; 83% de PHEVs). 

Em contraste, as seis principais montadoras do Brasil em vendas absolutas de veículos leves (Stellantis, VW, GM, Toyota, Renault e Nissan) tinham pouca ou nenhuma presença nos mercados de BEVs e PHEVs do país. 

Entre as marcas europeias, apenas a BMW alcançou uma participação de mercado de BEVs acima de 10%, o que indica um engajamento ainda limitado das montadoras tradicionais no mercado de veículos elétricos do Brasil.

 

Políticas Públicas

O Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), promulgado em 2024, estabelece uma meta de redução do consumo de energia de 12% até 2027 e mantém os incentivos fiscais para veículos híbridos flex até 2026. As metas são menos ambiciosas do que programas internacionais comparáveis 

Com subsídios incentivados para a produção dos híbridos flex, 14 montadoras anunciaram mais de R$ 130 bilhões em investimentos no país até 2030.

De acordo com o estudo, para alinhar o Brasil às suas ambições climáticas de longo prazo, o país deveria considerar a adoção de metas mais restritivas de redução média de emissões corporativas na segunda fase do programa Mover (2027–2032), “incentivando as montadoras a acelerarem os investimentos em veículos elétricos. Um mecanismo de incentivo ou tributação também poderia ser implementado para apoiar a adoção de veículos elétricos”, destaca.

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