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15 de julho de 2025

Mobilidade elétrica pode dobrar número de empregos até 2050

Análise prevê o avanço do setor da eletrificação para os próximos 25 anos. Foto: Freepik

A produção nacional de veículos elétricos pode dobrar o número de novos empregos no Brasil até 2050. A aposta de crescimento é baseada em um estudo, feito pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT), junto a pesquisadores da Unicamp e USP, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

A maior concentração de novos empregos é prevista para o setor de serviços – técnicos, engenharia, logística e comércio –, com cerca de 78,8% dos novos empregos, seguindo também os setores manufatureiros diretamente ligados à produção dos veículos, máquinas e equipamentos elétricos. 

O levantamento busca mostrar que ao apostar na fabricação local de baterias e no desenvolvimento dos meios de serviços da eletromobilidade, o país pode garantir uma transição energética justa e acelerar o desenvolvimento de uma nova cadeia industrial. 

Levantamento mostra maior concentração no setor de serviços. Foto: Reprodução/ICCT

Fortalecimento do setor

Este potencial de geração de empregos se deve a um aumento da demanda agregada e ao fortalecimento das vendas de veículos elétricos a bateria e da expansão da produção nacional de baterias automotivas. O mesmo cenário estima uma redução significativa de empregos nos setores de produção de veículos a combustão e de autopeças. 

O estudo também avalia que a renda gerada (valor adicionado) no cenário de eletrificação é 85% maior que no cenário atual, com distribuição mais favorável para salários (53%, contra 45%).

“As vendas de elétricos já começaram a crescer no Brasil. Mas precisamos olhar também para os impactos sociais e econômicos dessa transição”, afirma Marcel Martin, diretor-executivo do ICCT Brasil. 

Outro ponto importante está no comércio exterior: segundo o estudo, sem políticas para fomentar exportações de VEs, o Brasil pode perder até 14% do potencial de empregos. Mesmo assim, a eletrificação ainda gera 88% mais empregos líquidos que o modelo atual. Entre as soluções propostas estão incentivos fiscais, crédito à exportação e acordos comerciais estratégicos, sobretudo com países da América Latina.

Confira a íntegra da pesquisa.

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