Canal VE

13 de outubro de 2025

Leroy Merlin terá eletropostos em lojas de 14 estados diferentes

Fachada de loja da Leroy Merlin, com as cores predominantes em verde e branco

Leroy Merlin investe em carregadores de veículos elétricos em suas lojas. Foto: Divulgação/Leroy Merlin.

A Leroy Merlin promete formar a maior infraestrutura de recarga de veículos elétricos em uma rede varejista no Brasil. Ao todo, 171 carregadores serão instalados nos estacionamentos das lojas distribuídas em 32 cidades de 14 estados. O contrato com a Oasys, empresa de gestão de carregadores, e com a movE, empresa especializada em soluções inteligentes para mobilidade elétrica, foi assinado em 8 de outubro de 2025. A Recharge Brasil será a responsável pela execução e engenharia civil das obras, enquanto a Intelbras fornecerá os equipamentos. Os valores do investimento não foram divulgados.

O Canal VE teve acesso em primeira mão aos detalhes do projeto. Dos 171 carregadores, 77 serão rápidos em corrente contínua (DC), de 60 kW ou 30 kW. Os demais equipamentos serão de corrente alternada (AC) de 7,4 kW. Cada loja da rede contará com, no mínimo, um ponto de recarga rápida (DC), garantindo conveniência e cobertura nacional para usuários de veículos elétricos.

A iniciativa representa um marco na transição energética brasileira e posiciona a Leroy Merlin como uma das pioneiras no varejo nacional a investir de forma estruturada na eletromobilidade. A meta é concluir as instalações em até 12 meses, com previsão de operação total até outubro de 2026.

“A mobilidade elétrica é uma realidade crescente no Brasil, e queremos que nossas lojas sejam parte ativa dessa transformação. Estamos presentes em pontos estratégicos das cidades, o que oferece conveniência aos clientes, que poderão recarregar seus veículos enquanto fazem compras. É uma iniciativa que une inovação, comodidade, experiência e compromisso com um futuro mais sustentável”, afirma Fábio Carlos, gerente de expansão e gestão imobiliária da Leroy Merlin.

“Estamos entregando uma infraestrutura que vai muito além da recarga: é um ecossistema digital, integrado e inteligente preparado para ser destaque no varejo nacional”, afirma Cesare Quinteiro, CEO da movE.

“É um projeto que combina escala, velocidade, sustentabilidade e governança,  pilares essenciais para tornar a recarga veicular realmente acessível e confiável”, completa Giuliano Marchiani, CEO da Oasys

Estacionamento da Leroy Merlin, na unidade Morumbi, em São Paulo
Unidade do Morumbi, em São Paulo, receberá as primeiras estações de recarga. Foto: Divulgação/Leroy Merlin.

Obras já começaram

A primeira loja da Leroy Merlin a receber os carregadores é a unidade Morumbi, na capital paulista. As obras tiveram início em 13 de outubro de 2025, com previsão de entrega dentro de um mês. São 22 lojas somente no Estado de São Paulo. Haverá pontos de recarga ainda em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

A instalação será dividida em duas tipologias de loja, conforme o fluxo de veículos elétricos em cada região. Nas unidades localizadas em capitais e grandes centros urbanos, serão implantados carregadores rápidos de 60 kW, com duas saídas, complementados por equipamentos de 30 kW e pontos AC de 7,4 kW, voltados a recargas de maior duração. 

Já nas demais lojas, situadas em cidades com demanda inicial mais moderada, serão utilizados carregadores rápidos de 30 kW e carregadores AC de 7,4 kW. Essa configuração assegura flexibilidade operacional e possibilidade de expansão conforme o aumento da frota elétrica. 

A Recharge Brasil será a responsável pela padronização, execução e comissionamento dos equipamentos em nível nacional. “Cada loja representa um desafio diferente de infraestrutura. Nosso papel é garantir que a recarga aconteça com a mesma eficiência em todo o país — com segurança, qualidade e padronização. Essa consistência é o que transforma um projeto em rede nacional em um marco real para o setor”, explica Arthur Carrão, CEO da Recharge, responsável por outros projetos impactantes para o setor, como os projetos de infraestrutura de recarga do aeroporto de Congonhas, da Shell Recharge e da Amazon Brasil, entre outros.

Já a Intelbras atuará como fornecedora exclusiva dos carregadores e garantirá suporte técnico e uniformidade de atendimento. “Com 49 anos de história, reafirmamos nosso compromisso em estar à frente das transformações tecnológicas do país. Essa parceria reforça nosso papel no avanço da eletromobilidade, conectando inovação, sustentabilidade e infraestrutura de ponta”, afirma Antonio Neto, gerente de soluções e produtos da Intelbras.

Carregador de carro elétrico em exposição
Carregador de 30 kW em corrrente contínua (DC) da Intelbras. Foto: Rubens Morelli/Canal VE.

Facilidade para os usuários

A movE será encarregada pela plataforma transacional, que integra as soluções de pagamento e gestão em tempo real. A tecnologia permite ao motorista escolher entre diferentes formas de ativação — com ou sem aplicativo — e iniciar o carregamento automaticamente por meio do AutoCharge, que reconhece o veículo pelo número VIN (Vehicle Identification Number). Essa infraestrutura interoperável também permitirá integração com outras redes de recarga, ampliando a conveniência para os usuários.

Além disso, o projeto também está alinhado às metas de sustentabilidade da Oasys, signatária do The Climate Pledge e da C40 Cities. A substituição de combustíveis fósseis por eletricidade será monitorada em tempo real, permitindo a mensuração das emissões evitadas e a futura geração de créditos de carbono. 

A combinação entre tecnologia de ponta, engenharia especializada e gestão integrada faz desse projeto o maior contrato corporativo de recarga do varejo brasileiro, consolidando o setor como uma peça fundamental da transição energética nacional.

“Com essa iniciativa, a recarga deixa de ser uma limitação e passa a fazer parte da rotina de consumo, um sinal claro de que o varejo brasileiro já está acelerando rumo à mobilidade elétrica”, conclui Marchiani.

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