
A GM e a LG estão desenvolvendo as baterias LMR. Foto: Divulgação/GM
A GM, em parceria com a LG Energy Solution, apresentou uma nova tecnologia de bateria chamada LMR (sigla em inglês para “lítio com alto teor de manganês”), visando ampliar a autonomia e reduzir o custo dos veículos elétricos.
Pesquisada desde os anos 1990, a tecnologia LMR enfrentava desafios técnicos como a baixa durabilidade e a perda de capacidade de armazenamento com o tempo. Esses entraves, até então, inviabilizavam o uso em veículos de produção.
A GM afirma ter superado essas limitações por meio de novas formulações químicas, uso de revestimentos especiais e melhorias nos processos de fabricação, o que, segundo a empresa, tornam viável sua aplicação comercial. No entanto, ainda não há previsão para a bateria equipar um veículo elétrico.
Mais autonomia
As baterias LMR prometem entregar cerca de 30% mais densidade energética do que as baterias LFP (lítio-ferro-fosfato), com custo reduzido graças à substituição parcial do níquel e eliminação, quase total, do cobalto por manganês, um elemento mais barato e abundante.
A composição típica das novas células conta com 65% de manganês e apenas 35% de níquel. As baterias tradicionais são compostas por cerca de 85% de níquel, 10% de manganês e 5% de cobalto.
Outro diferencial é o uso do formato prismático, com células retangulares, mais adequadas à montagem de veículos de maior porte, como picapes e SUVs. Esse formato, segundo a GM, permite uma arquitetura mais simples, com redução de até 75% nas peças do módulo e 50% nos componentes do sistema como um todo.
A produção comercial das baterias LMR está prevista para ocorrer por meio da joint-venture Ultium Cells, com a aplicação inicial voltada a novos modelos de SUVs e caminhonetes.
Atualmente, veículos como o Blazer EV e o Equinox EV utilizam baterias NMCA (níquel, manganês, cobalto e alumínio), e a meta da GM é ultrapassar os 640 km de autonomia com custos inferiores aos praticados hoje.
A bateria está sendo desenvolvida no Wallace Battery Cell Innovation Center, em Michigan (EUA), onde a GM coordena os testes e a produção de protótipos. Desde 2020, mais de 2,2 milhões de quilômetros de testes já foram realizados com células prismáticas de diferentes tamanhos.

Graduando em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Possui experiência em rádio, televisão, criação de conteúdos para site, e social media. Acompanha o mercado de veículos elétricos para o Canal VE.