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15 de junho de 2025

GM e LG desenvolvem bateria de menor custo e maior autonomiaAcompanhe pelo Whatsapp

bateria LMR

A GM e a LG estão desenvolvendo as baterias LMR. Foto: Divulgação/GM

A GM, em parceria com a LG Energy Solution, apresentou uma nova tecnologia de bateria chamada LMR (sigla em inglês para “lítio com alto teor de manganês”), visando ampliar a autonomia e reduzir o custo dos veículos elétricos.

Pesquisada desde os anos 1990, a tecnologia LMR enfrentava desafios técnicos como a baixa durabilidade e a perda de capacidade de armazenamento com o tempo. Esses entraves, até então, inviabilizavam o uso em veículos de produção. 

A GM afirma ter superado essas limitações por meio de novas formulações químicas, uso de revestimentos especiais e melhorias nos processos de fabricação, o que, segundo a empresa, tornam viável sua aplicação comercial. No entanto, ainda não há previsão para a bateria equipar um veículo elétrico.

 

Mais autonomia

As baterias LMR prometem entregar cerca de 30% mais densidade energética do que as baterias LFP (lítio-ferro-fosfato), com custo reduzido graças à substituição parcial do níquel e eliminação, quase total, do cobalto por manganês, um elemento mais barato e abundante.

A composição típica das novas células conta com 65% de manganês e apenas 35% de níquel. As baterias tradicionais são compostas por cerca de 85% de níquel, 10% de manganês e 5% de cobalto.

Outro diferencial é o uso do formato prismático, com células retangulares, mais adequadas à montagem de veículos de maior porte, como picapes e SUVs. Esse formato, segundo a GM, permite uma arquitetura mais simples, com redução de até 75% nas peças do módulo e 50% nos componentes do sistema como um todo.

A produção comercial das baterias LMR está prevista para ocorrer por meio da joint-venture Ultium Cells, com a aplicação inicial voltada a novos modelos de SUVs e caminhonetes.

Atualmente, veículos como o Blazer EV e o Equinox EV utilizam baterias NMCA (níquel, manganês, cobalto e alumínio), e a meta da GM é ultrapassar os 640 km de autonomia com custos inferiores aos praticados hoje.

A bateria está sendo desenvolvida no Wallace Battery Cell Innovation Center, em Michigan (EUA), onde a GM coordena os testes e a produção de protótipos. Desde 2020, mais de 2,2 milhões de quilômetros de testes já foram realizados com células prismáticas de diferentes tamanhos.

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