Lucas Di Grassi é o único brasileiro no grid da 11ª temporada da Fórmula E. Foto: Divulgação/Fórmula E.
A 11ª temporada da Fórmula E começa neste sábado, 7 de dezembro de 2024, a partir das 14h, com a promessa de emoção nas pistas e um legado de sustentabilidade fora delas. Pela primeira vez, o E-Prix São Paulo foi escolhido para sediar a abertura do campeonato, que passará por 10 países ao redor do mundo, e um total de 16 etapas.
O experiente Lucas Di Grassi, campeão da terceira temporada, é o único brasileiro do grid, competindo pela novata equipe Lola Yamaha ABT, que faz sua estreia na Fórmula E no circuito de rua montado no entorno do Sambódromo do Anhembi.
“Começar o campeonato aqui em São Paulo é muito importante. As pessoas estão buscando mais informações e entendendo cada vez mais sobre como funciona a Fórmula E, então vai ser muito importante começar a temporada aqui”, falou o brasileiro, projetando um ano de bastante aprendizado com a nova equipe.
“Esta é uma equipe nova, que foi formada para unir forças e fazer o nosso próprio powertrain, em vez de ser cliente de alguma montadora. Estamos correndo atrás do tempo, será um ano difícil, mas vamos lutar com todas as forças para brigar por pódios. Se a sorte estiver do nosso lado, vamos aproveitar”, completou.
Mais ação nas pistas
Pela primeira vez na Fórmula E, os pilotos terão a tração integral durante momentos críticos dos fins de semana de corrida — na disputa pela pole position, na largada e no modo ataque —, proporcionando aceleração e controle inigualáveis quando mais importa.
“É ótimo que possamos mostrar mais do potencial da Fórmula E diante da minha torcida no Brasil. A tração nas quatro rodas é uma virada de jogo que, por mais de sete anos, venho pedindo à Fórmula E. A aceleração de 0 a 100 km/h em 1,86s certamente impressionará todos os fãs brasileiros e estou muito orgulhoso de representá-los no grid este ano. Vou dar tudo de mim para alcançar o melhor resultado possível para eles”, falou Di Grassi.
Emparelhado com uma filosofia de design enraizada na sustentabilidade, o Gen3 EVO sinaliza o impulso implacável da Fórmula E para redefinir a tecnologia enquanto pavimenta o caminho para um futuro mais verde.
Favoritos
O atual campeão mundial de pilotos, Pascal Wehrlein, da equipe Tag Heuer Porsche, é mais uma vez um dos favoritos ao título, ao lado do companheiro de equipe, o português Antonio Felix da Costa. As maiores ameaças são os neozelandeses Mitch Evans e Nick Cassidy, ambos da Jaguar TCS Racing, equipe campeã do mundial de construtores na última temporada.
Outro piloto para ficar de olho é o britânico Sam Bird, da equipe Neon McLaren, vencedor do E-Prix São Paulo da 10ª temporada, após uma brilhante ultrapassagem nos últimos metros para cruzar a linha de chegada.
Com oito vencedores diferentes em apenas 16 rodadas, a temporada anterior comprovou que, na Fórmula E, cada ponto é decisivo e que a corrida só é decidida na bandeira quadriculada.
Sustentabilidade
A Fórmula E reduzirá as emissões de logística da Temporada 11 em 25%, economizando aproximadamente 5.500 toneladas de CO2. Isso será possível otimizando o frete aéreo, de maneira a transferir uma parcela significativa da carga para o frete marítimo.
A iniciativa se baseia no uso de biocombustíveis no transporte marítimo e rodoviário junto com a DHL, parceira logística da competição, para maximizar a redução de carbono.
Fórmula E também se torna o primeiro esporte do mundo a se comprometer com o Net Zero Pathway, do BSI, utilizando o padrão ISO 14064-1 de relatório e quantificação de emissões de gases de efeito estufa, bem como as Diretrizes ISONet Zero IWA42 — aplicando mais avaliações, relatos e reduções de pegada como parte de seu caminho de carbono líquido zero.
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.