
BYD Song Plus 2026 recebeu atualizações importantes de design e tecnologia. Foto: Rubens Morelli/Canal VE.
Dizem que em time que está ganhando não se mexe. No caso do BYD Song Plus, mexe sim, e para melhor. Essa foi a premissa da BYD ao apresentar a versão 2026 de um de seus carros mais vendidos no Brasil. E as mudanças não se limitaram apenas ao design, mais moderno, mas também ao pacote tecnológico, que ficou ainda mais eficiente.
O motorista ganhou maior auxílio na condução, com o head-up display, que projeta velocidade e dados do sistema ADAS — agora mais completo — diretamente no para-brisa. E os familiares ganharam em conforto extra, com multimídia e sistema de som renovados, além de um pouco mais de espaço interno na cabine em relação à versão anterior.
O Canal VE testou o carro por uma semana e conferiu na prática as mudanças propostas para o SUV híbrido queridinho do Brasil, que tem tudo para permanecer no topo da preferência dos consumidores por mais tempo. Confira a análise em vídeo:
Novo design
As mudanças no design são percebidas já à primeira vista. Sai a grade hexagonal, entra um facelift já apresentado no mercado global e também pelo irmão topo de linha, o Song Plus Premium. As grades horizontais para a entrada de ar se harmonizam com os faróis em led Dragon Face 3.0 e com as rodas aro 19”.
Na traseira, as novas lanternas também são acompanhadas por uma barra iluminada totalmente plana e pelo letreiro BYD — antes era “Build Your Dreams”. Outra mudança estética é o posicionamento da placa de identificação do veículo, que agora está na tampa do porta-malas, e não mais no para-choque.
As medidas do Song Plus são: 4,77 m de comprimento, 1,89 m de largura, 1,67 m de altura e 2,76 m de entre-eixos. O porta-malas teve uma leve redução, para 552 litros. O peso em ordem de marcha é 1.830 kg.

Conforto na cabine
Internamente, o console central denominado “Heart of Ocean” destaca a sobriedade do modelo, com um design limpo, moderno e atrativo para os ocupantes, incluindo carregadores de smartphones por indução, além de manopla de câmbio menor.
A tela multimídia rotatória de 15,6” facilita o controle e os comandos, mesmo com o carro em movimento. O sistema de som Infinity, com 10 alto-falantes, garante uma experiência acústica muito agradável.
Os bancos dianteiros, com material sintético, têm ajustes elétricos (sendo 8 para o motorista e 4 para o passageiro), ventilação e aquecimento de série. No banco traseiro, três adultos viajam tranquilamente, tamanho o espaço livre. Se tiver só dois passageiros, o encosto central se torna apoio de braço, com porta-copos. E ainda há ar-condicionado automático dual zone e até uma opção de esterilização do ar por alta temperatura. E o teto panorâmico garante a alegria da criançada em viagens mais longas.

Desempenho aprimorado
O Song Plus mantém o sistema híbrido DM-i, que privilegia a motorização elétrica — o motor a combustão 1.5 aspirado funciona, prioritariamente, para gerar energia para alimentar a bateria. No entanto, houve uma mudança de valores de potência. Se na versão anterior, o motor a gasolina gerava 105 cv, agora oferece 98 cv, atendendo às exigências do programa de emissões. Enquanto isso, o motor elétrico passou de 194 cv para 197 cv. Na prática, a potência combinada segue sem alterações: 235 cv. O torque máximo combinado é de 422 Nm. A velocidade máxima é de 170 km/h, limitado eletronicamente.
A bateria Blade LFP mantém os 18,3 kWh de capacidade, mas agora a potência máxima de recarga aumentou para 6,6 kW em corrente alternada (AC) — antes era 3,3 kW. A recarga rápida em corrente contínua (DC), porém, ficou apenas para o Song Plus Premium. Assim, a recarga completa leva cerca de três horas.

Experiência com o carro
No período de testes, mesclamos o uso na cidade e na estrada, e o SUV não decepcionou. Pelo contrário. Mostrou que as qualidades da versão anterior se mantiveram ou foram aprimoradas.
Com autonomia combinada de 1.200 km, é fácil se esquecer de ir ao posto de gasolina, ainda mais com o carregador em casa. O painel indica a autonomia no modo 100% elétrico para 100 km, embora o Inmetro divulgue 67 km. Na prática, você utiliza o veículo em sua rotina e faz a recarga à noite, sem estresse. Se precisar de um pouco mais de alcance durante o dia, o motor a combustão entra em ação para garantir a energia necessária.
Um detalhe curioso é a aceleração de 0 a 100 km/h. O carro promete o desempenho em 7,9 segundos, um tempo menor que a versão anterior, mesmo que a proposta do carro não seja de esportividade, e sim familiar. Nos testes, conseguimos a marca de 8,0 s, registrado no relógio do próprio painel do carro, o que não deixa de ser um item de diversão — mas que precisa ser utilizado com responsabilidade.
A cor Smoke Grey, do carro disponibilizado para o teste, é também uma novidade da nova versão do Song Plus, e agrada visualmente. Há ainda as cores Preto Delan Black, Branco Snow White e Cinza Time Grey. Na parte interna são duas variações: Cinza Claro e Caramelo.
Vale destacar ainda que o Song Plus tem garantia de 6 anos, enquanto a bateria tem garantia de 8 anos, ambos sem limite de quilometragem. O preço sugerido é R$ 249.990.

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.