
Amazônia Eletrovias abre modelo de franquia de eletropostos para expandir infraestrutura de recarga. Foto: Divulgação/Amazônia Eletrovias.
A Amazônia Eletrovias anunciou um novo modelo de franquia para a instalação de eletropostos em rodovias brasileiras. Se antes o Clube Charger permitia a qualquer pessoa investir em uma rede de eletropostos, agora o novo modelo de negócio permite que o investidor seja um franqueado, responsável pela operação própria, com suporte técnico, comercial e operacional da franqueadora, ampliando os ganhos.
O objetivo é impulsionar a mobilidade elétrica, conectando rodovias e centros urbanos por meio de uma rede estruturada de recarga. Atualmente, a Amazônia Eletrovias possui cerca de 30 eletropostos de corrente contínua (DC) em operação, cobrindo mais de 3 mil quilômetros em rotas estratégicas interligando as capitais do Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins e Goiás, além de Brasília (DF).
A iniciativa de franchising surge em um momento estratégico para o setor. A empresa consolidou sua atuação na infraestrutura de mobilidade elétrica a partir de 2024 e já entregou projetos de grande porte, como a primeira eletrovia do Maranhão (Imperatriz a São Luís) e está próxima de concluir a rota de Belém a Brasília, com 2.000 km de extensão. Agora, de acordo com Vilmar Segundo, CEO da Amazônia Eletrovias, o objetivo é acelerar a instalação de eletropostos no país, ampliando o alcance da rede de carregamento.
“O nosso grande objetivo é tornar possível a mobilidade elétrica em todo o Brasil, não só nos grandes centros. Destoando um pouco do que já estamos vendo acontecer, que é a aglomeração dos carregadores apenas em capitais ou em trechos que você tem uma alta demanda de carregadores, enquanto que nesse método, ele não permitia a verdadeira descentralização dos carregadores elétricos no Brasil. Se você pegar hoje, dados da ABVE, você vê que tem carro elétrico em todo lugar”, afirmou.

Modelo de franquia e microfranquia
O Clube Charger opera em dois formatos: franquia padrão, voltada para empresários que desejam gerenciar eletrovias inteiras, e microfranquia, que possibilita a entrada de investidores focados em operações locais. O franqueado recebe treinamento, suporte técnico e acesso a um modelo validado de infraestrutura, mas é responsável pela gestão da unidade e pelo crescimento do negócio.
“O mercado de veículos elétricos está em franca expansão, e a infraestrutura de recarga precisa acompanhar esse crescimento. O Clube Charger oferece um modelo estruturado para ampliar essa rede com eficiência, garantindo que os motoristas tenham acesso a pontos de recarga bem localizados e operacionais”, afirma o empresário.

Expansão da rede
O modelo de negócio permite que a infraestrutura de recarga seja expandida de forma descentralizada, com investidores locais contribuindo para a transição energética e o crescimento da mobilidade elétrica no Brasil.
Entre os próximos projetos em andamento estão a rota Santarém a Teresina, com mais 2.000 km de extensão, além da ampliação da infraestrutura de recarga em rodovias do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
No entanto, a Amazônia Eletrovias reforça que a adesão à franquia exige planejamento e comprometimento dos franqueados, que terão um prazo mínimo de 10 dias para análise do contrato antes da assinatura e do pagamento da taxa de franquia.

Experiência do usuário
Além disso, a empresa foca na experiência do usuário no momento da recarga. Basta ler o QR Code para liberar o equipamento, sem necessidade de aplicativos. Em breve, de acordo com a empresa, também será possível fazer o pagamento diretamente nas máquinas, apenas com o uso do cartão de crédito.
“Se planejarmos rotas de forma estratégica, interligando eletrovias de maneira inteligente, garantimos que todos os perfis de motoristas sejam atendidos. Aqueles com baterias maiores poderão viajar no ritmo que desejarem, quem possui baterias medianas terá uma viagem tranquila e até mesmo quem tem baterias menores poderá percorrer longas distâncias com segurança. Nosso objetivo é simples: tornar a mobilidade elétrica acessível para todos”, diz Vilmar Segundo.

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.