
Preocupação com sustentabilidade influencia 81% dos ciclistas a escolherem o modal. Foto: Freepik
A preocupação com o meio ambiente tem levado cada vez mais pessoas a repensarem seus hábitos cotidianos, incluindo a forma como se deslocam nas cidades. A mobilidade urbana, especialmente o uso de carros a combustão, está no centro dessa reflexão, já que os automóveis são responsáveis por 45% das emissões de CO₂ no setor de transporte, segundo o Transport and Climate Change Global Status Report.
E um estudo da Tembici, líder em tecnologia para micromobilidade na América Latina, revelou que a sustentabilidade no transporte fez com que 4 a cada 5 ciclistas decidiram usar bikes em vez de outros modais na mobilidade urbana.
Essa preocupação também pode ser vista no maior interesse por bicicletas elétricas. De acordo com levantamento da Aliança Bike, o número de bikes elétricas (com pedal assistido) no Brasil passou de 7,6 mil em 2016 para 230 mil unidades em 2024.
Para Thiago Boufelli, diretor de operações da Tembici, esses números mostram uma mudança de comportamento individual e também contribui para impactos positivos quando falamos da descarbonização das grandes metrópoles. “A micromobilidade é forte aliada na redução da poluição do ar, o consumo de combustíveis fósseis e os níveis de ruído nas áreas urbanas”, comenta, relatando que a mobilidade ativa é fundamental para garantir qualidade de vida e resiliência ambiental.
Mercado das elétricas
O mercado de bicicletas elétricas no Brasil tem demonstrado uma expansão significativa nos últimos anos, refletindo o crescente interesse dos consumidores por alternativas sustentáveis. Em 2024, o Brasil registrou uma marca de mais de 230 mil unidades de bicicletas elétricas em circulação.
A Aliança Bike, uma das principais entidades do setor, aponta nesta última pesquisa que as bicicletas elétricas representam 25% do mercado, tendo mostrado um crescimento de 12% em relação ao ano anterior, estimado um lucro de R$ 506 milhões por ano.
As bicicletas elétricas têm um impacto direto na redução das emissões de CO₂, especialmente nas grandes cidades, onde o uso de veículos particulares é uma das principais fontes de poluição. De acordo com dados da Tembici, a utilização de bicicletas compartilhadas evitou o consumo de mais de 5 milhões de litros de gasolina em 2024. Isso resultou na redução de cerca de 12 mil toneladas de CO₂ na atmosfera, o que equivale ao plantio de mais de 90 mil árvores.
Esses dados mostram como as bicicletas elétricas desempenham um papel crucial na descarbonização das cidades. Elas ajudam a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuem os níveis de poluição do ar, um fator essencial para a qualidade de vida urbana e a saúde da população.

Jornalista graduada pela UNIP desde 2023. Atuou como repórter em veículos de comunicação na região de Campinas com experiência em impresso, digital e TV. Acompanha o mercado de veículos elétricos para o Canal VE.