Loja atrai novos clientes com carregadores de veículos elétricos no estacionamento. Foto: Divulgação/Energic Solar.
O que farmácias, pet shop, academias, supermercados e hotéis têm a ver com mobilidade urbana? Até pouco tempo atrás, a resposta poderia ser “Nada!”. Mas, com o avanço da eletromobilidade no Brasil, esses estabelecimentos comerciais estão se transformando, aos poucos, em pontos estratégicos de recarga para os veículos elétricos e híbridos nos grandes centros urbanos.
Comerciantes mais atentos já perceberam que os carros elétricos estão tomando as ruas e avenidas das cidades brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o Brasil tinha, até abril de 2025, cerca de 240 mil veículos elétricos (BEV) e híbridos plug-in (PHEV) em circulação pelo país. A oferta de recarga para esses veículos já está sendo usada como estratégia para atrair os motoristas aos estabelecimentos comerciais.
Não é para menos. A instalação de um eletroposto se torna uma opção viável de renda extra, 24 horas por dia, sete dias da semana, para os comerciantes dos mais variados setores. E ainda possibilita a chegada de um público com alto poder aquisitivo para as lojas em que estão instalados, aumentando também a circulação de clientes no estabelecimento e, consequentemente, a receita dos serviços já oferecidos.
“O carregador como negócio é o futuro. Muitas empresas precisam enxergar que instalar uma estação de recarga é uma forma de atrair um novo cliente que vai estar em rota, ou em destino”, afirma Antonio Neto, gerente de produto e negócios (CVE) da Intelbras.
“O motorista hoje procura estabelecimentos com carregador para poder fazer a recarga no seu veículo, e é conveniente que nesse estabelecimento tenha um banheiro, um restaurante, uma opção de compra, etc. Antigamente era o contrário, o cliente ia até um local e via uma oportunidade de carregar seu veículo, hoje o motorista precisa dessa recarga pública mediante o aumento desses meios de locomoção, e acaba comprando nessa loja por conveniência”, completa.
Hotel ganha mais do que hóspedes
Um hotel de uma rede internacional em São Bernardo do Campo (SP) apostou em uma infraestrutura de recarga em seu estacionamento externo e ganhou, além de novos hóspedes, novos clientes de escritórios comerciais vizinhos.
Renato Sodré, diretor-executivo da Charger Mob, responsável pela operação no hotel, disse que a instalação no local foi tão bem sucedida que se tornou um case de sucesso para a ampliação da parceria.
“Instalamos três estações de recarga em corrente alternada (AC), com 22 kW de potência, da Intelbras, em setembro de 2024, e o sucesso foi maior que o esperado. Na época, eram pelo menos 20 motoristas de carros elétricos e híbridos plug-in que já frequentavam o escritório localizado dentro do hotel. Porém, o empreendimento está localizado próximo a um shopping e outros complexos comerciais, que não tinham carregadores. Então, muita gente passou a aproveitar essas vagas, aumentando até mesmo a circulação de pessoas no lobby do hotel”, contou Sodré.
“O payback, inicialmente previsto para 30 meses, deve diminuir para 24 meses, considerando o ritmo atual. Mas a vantagem maior é que a instalação mostrou que nosso estudo estava correto, incluindo a lucratividade. E isso abriu portas para homologação junto à rede de hotéis para a instalação de mais estações de recarga em outras localidades”, completou.
Novas oportunidades de negócios
Wesley Afonso Resende Silva, CEO da Energic Solar, conta que chegou a triplicar o faturamento quando passou a ofertar recargas em corrente contínua (DC) em Campinas (SP) e região. O empresário, credenciado da Intelbras, possui três usinas solares, com capacidade de 75 kWp, suficiente para gerar 45 mil kWh/mês.
Ele vende energia para comercializadoras por R$ 0,60 o kWh. Ao instalar um carregador DC em frente à sua loja, no centro de Campinas, passou a oferecer o kWh a R$ 1,79 — um dos menores preços praticados por eletropostos na cidade. “Ganho três vezes mais produzindo a mesma quantidade de energia no mês. E mais do que isso. O motorista pode esperar a recarga dentro da minha loja, tornando-se um potencial cliente de um sistema fotovoltaico próprio, que eu também vendo”, conta.
O empresário conta que fez parcerias com lojas de pisos, farmácias e até clínicas veterinárias na região de Campinas, para oferecer o serviço de recarga. Segundo ele, o resultado foi positivo para todos.
“Todo comerciante, de qualquer área, precisa ser conhecido para ter um bom faturamento ao final do mês. Ao instalar um carregador em seu estabelecimento, você atrai novos clientes para o seu negócio, seja uma farmácia ou uma clínica veterinária. Além disso, quando você disponibiliza um carregador, pode gerar receita 24 horas por dia, sem necessidade de funcionário, uma vez que o próprio cliente faz a recarga sozinho”, diz o empresário, fazendo uma ressalva.
“Ao escolher investir em um eletroposto, o cliente precisa avaliar a empresa que oferece um suporte especializado, que possa fazer as manutenções programadas e emergenciais de forma rápida, para evitar perdas. E, isso, a Intelbras tem”, afirma Wesley.
Como investir em um eletroposto?
Como todo investimento, a instalação de um eletroposto exige planejamento, considerando três princípios fundamentais: segurança financeira, liquidez e rentabilidade. Há ainda o aspecto de viabilidade para a instalação, seguindo as normas técnicas brasileiras para garantir o correto funcionamento da estação de recarga. Contar com a expertise de empresas consolidadas no setor também contribui para o resultado esperado.
A Intelbras, empresa brasileira líder em tecnologia e inovação, especializada em soluções de segurança, conectividade e energia, tem se destacado no mercado por oferecer produtos acessíveis e suporte ao empreendedor do começo ao fim.
“Hoje a Intelbras pode ajudar qualquer empreendedor oferecendo soluções de hardware, software e instalação. O primeiro passo desse processo é entrar em contato conosco, por meio dos canais de atendimento. A empresa faz uma análise para decidir qual o melhor carregador para o tipo de cliente e, ao fim da escolha, nosso integrador fará todo o projeto”, conta Antonio Neto, Gerente de Produto e Negócios (CVE) da Intelbras.
“Aliando a tudo isso, temos um sistema de software de gestão, que vai permitir com que esse empreendedor monetize esse carregador de maneira autônoma. E a responsabilidade de toda essa operação fica por parte da Intelbras”, conclui.
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.
