Caminhão elétrico da DHL contribui para a descarbonização da logística da empresa no Brasil. Foto: Divulgação/DHL.
A DHL Express está projetando aumentar em 40% o número de veículos elétricos de sua frota até 2026. Atualmente, a empresa de distribuição e logística conta com 147 veículos, e quer aumentar esse número para 205 por meio de suas unidades de negócios Express e Supply Chain.
Atualmente, a frota elétrica da distribuidora – composta por
caminhões, carros, bicicletas e motos – representa 15%. Segundo a DHL, a marca quer investir ainda mais em um futuro verde e reduzir as emissões de 33 milhões de toneladas em 2020 para menos de 29 milhões de toneladas até 2030.“O nosso objetivo é zerar as emissões de carbono até 2050. Para isso, investiremos 7 bilhões de euros até 2030 em operações limpas, iremos eletrificar menos 60% de veículos de entregas (last mile) e promover quota de combustível sustentável em linha de transporte para >30% em 2030”, comentou Cinthia Katachinsky, gerente de marketing da DHL Express.
Logísticas sustentáveis
O plano da DHL, com o aumento no número de transportes elétricos, é a diminuição de custos operacionais, com menor consumo de energia e redução de desperdícios.
A eficiência operacional também é muito visada pela empresa, já que práticas sustentáveis frequentemente resultam em maior eficiência, como a otimização de rotas e a utilização de veículos elétricos de acordo com a sua capacidade, assim como a mobilidade.
Um grande exemplo é nos Países Baixos, onde as coletas e entregas são realizadas por barcos no rio Amstel, bem como o uso de bicicletas para locomoção e entregas na maior parte da cidade.
Patrocínio na Fórmula E
Um dos grandes marcos da DHL em 2024 foi o patrocínio da Fórmula E. A companhia foi a responsável pelo transporte do novo carro de corrida GEN3 Evo, um marco tecnológico no automobilismo.
“Hoje, a DHL Group é o maior comprador de combustível sustentável mundialmente. Foram comprados mais de 8 milhões de galões de SAF. O SAF é uma alternativa verde ao querosene de aviação, obtido a partir de matérias-primas como óleo de cozinha, resíduos orgânicos, milho, cana-de-açúcar, hidrogênio e síntese de CO2”, explicou Cinthia.
De acordo com ela, por ter estrutura química semelhante aos combustíveis aeronáuticos convencionais de origem fóssil, o SAF pode ser misturado com querosene em aeronaves e gerar uma redução de até 80% das emissões de CO2.
Além disso, não há necessidade de adaptação dos motores dos aviões e proporciona a redução ou até mesmo a eliminação de outras emissões nocivas, como as partículas de enxofre.
“Cada vez mais, tanto na Fórmula E quanto na Fórmula 1, o calendário de corridas está se adequando para que as corridas sejam em localidades próximas, evitando voos intercontinentais. A logística dos carros, equipamentos e demais materiais na Europa são transportados por caminhões elétricos que reduzem a emissão do carbono em 80%. Assim, poderíamos fazer o mesmo procurando novos fornecedores em mercados mais próximos, como países da América Latina”, acrescentou.
“Portanto, além do transporte da Fórmula E, outras aeronaves e empresas podem se beneficiar, já que o combustível está disponível para demais empresas aéreas. Outro destaque é o descarte consciente. Na Fórmula E, durante treinos e corridas, o descarte de cada resíduo, seja químico ou corrosivo, é feito corretamente”, finalizou Cinthia Katachinsky.
Graduando em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Possui experiência em rádio, televisão, criação de conteúdos para site, e social media. Acompanha o mercado de veículos elétricos para o Canal VE.