Rafael Rebello, diretor de soluções de energia renovável da Raízen. Foto: Rubens Morelli/Canal VE.
A Raízen vai ampliar a infraestrutura de recarga na Região Sul do país, com a instalação de mais 14 estações de carregamento da marca Shell Recharge até o fim de 2023 em Santa Catarina e no Paraná. A Raízen Power, marca dedicada aos projetos de energia elétrica renovável da Raízen, anunciou uma parceria com a Rede Angeloni para a ampliação da oferta de carregadores de alta velocidade.
Em Santa Catarina, a expansão incluirá postos de combustíveis e supermercados em Florianópolis, Blumenau, Brusque, Joinville, Criciúma, Porto Belo e São José. No Paraná, será atendida a capital Curitiba e o município de Maringá.
“A gente fez uma parceria com a Rede Angeloni, que já é um parceiro histórico da Raízen e da Shell. A gente tem postos de combustíveis onde eles operam juntos. Então a gente está instalando não só nos supermercados, em SC, mas também nos postos de gasolina de marca Shell, permitindo que a gente conecte desde Criciúma até Curitiba com uma rede de recarga rápida para nossos consumidores”, disse Rafael Rebello, diretor de soluções de energia renovável da Raízen.
Ambição pelo protagonismo
De acordo com Rebello, a maior oferta de carregadores no Sul do país faz parte da ambição da Raízen de atingir 100 pontos de recarga rápida instalados no Brasil até o fim do ano.
“A Raízen tem a ambição de ser protagonista na área de recarga de energia renovável. A gente tem 18 pontos de carregadores de alta velocidade, carregadores DC de 50 kW e 150 kW instalados já, basicamente em São Paulo e algumas cidades do Interior também. No Sul do país, em Santa Catarina, e indo agora para Minas Gerais e Rio de Janeiro. A gente tem 35 pontos em obras em fase de término e execução. E temos a ambição de chegar a 100 pontos rápidos até o fim do ano”, afirmou o executivo, em entrevista exclusiva ao Canal VE.
Rebello pontuou que o crescimento da infraestrutura de recarga tem de acompanhar a evolução do mercado de veículos elétricos e híbridos, em franca expansão.
“A gente vê as montadoras, obviamente interessadas em trazer seus veículos para os clientes, mas também várias empresas, principalmente de áreas urbanas, que precisam diminuir sua pegada de carbono, e elas só vão conseguir diminuir sua pegada de carbono eletrificando a frota e trazendo essa baixa pegada para sua logística. E aí entra a parte de infraestrutura de recarga desses veículos elétricos, ajudando essas empresas a atingirem suas metas”, afirmou.
Eletrificação da frota é realidade
Para Rebello, a eletrificação da frota já está se tornando uma realidade. E o Brasil deve aproveitar a oportunidade para se desenvolver.
“A gente acha que a eletromobilidade vai ser complementar a um país que tem uma baita vocação de energia renovável e biocombustíveis, e eu acho que ela veio para ficar”, disse, acreditando que a maior concorrência pode ser fundamental para a aceleração.
“Os carros estão caindo de custo. Hoje temos carros sendo ofertados a menos de R$ 150 mil, e quando você olha o TCO (Total Cost of Ownership) que é o custo total de uso do veículo, que inclui manutenção e abastecimento, a gente está falando que o recarregamento elétrico está de 25% a 30% do custo de recarga de abastecimento por quilômetro rodado de um carro a gasolina e etanol. Então, com a diminuição do custo dos veículos, junto com essa energia e essa rede que permite a melhor experiência para o cliente, a gente acha que essa transição vai ser acelerada”, completou.
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.
